Romeu Zema se tornou o “queridinho” de parte da direita brasileira e foi procurado por três partidos para se tornar a principal liderança da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador de Minas Gerais está inclinado a deixar o Novo para fazer parte de uma nova sigla. Para definir o futuro, o chefe do Executivo mineiro irá aguardar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Desde que viajou para os Estados Unidos, um grupo de ex-aliados começou a se movimentar para encontrar um novo político para liderar a oposição contra a gestão do PT. Nomes começaram a surgir, como dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul.
Porém, tanto Leite quanto Freitas, resolveram dar mais atenção aos seus estados. O gaúcho já sinalizou para aliados que só definirá uma possível disputa à Presidência depois das eleições municipais de 2024. Neste momento, além do Rio Grande do Sul, seu foco é reerguer o PSDB.
Já Freitas não quer ser visto como um traidor dentro do bolsonarismo. Ele tem buscado se fortalecer em São Paulo para conseguir ser reeleito e, caso Bolsonaro fique inelegível, tentará ser o representante do seu ex-chefe com o apoio dele.
Diante das escolhas de Leite e Tarcísio, o grupo de ex-aliados do antigo governante do Brasil resolveu apostar suas fichas em Zema. O governador mineiro, que não poderá ir à reeleição, demonstrou total interesse em ocupar o espaço de principal liderança da direita.
Zema tem buscado seguir o discurso do ex-presidente para atrair os eleitores bolsonaristas. Ele afirmou a aliados que Bolsonaro ficará inelegível, o que é uma ótima oportunidade para que um novo nome ocupe a liderança vaga.
Zema trocará de partido?
O governador de Minas confirmou para aliados que tem a intenção de deixar o Novo. Sem espaço de TV e com fraca bancada no Congresso, Zema quer fazer parte de uma sigla que tenha mais força para disputar as eleições de 2026.
O chefe do Executivo mineiro foi sondado por lideranças do PL, Republicanos e PP. Só que a sua saída do Novo só ocorrerá depois que o futuro de Bolsonaro for sacramentado.
Se o ex-presidente ficar inelegível, ele dará preferência ao PL. Caso Bolsonaro não tenha seus direitos políticos cassados, o mineiro trabalhará para conquistar espaço no União Brasil, mas deixará um canal aberto com o PP. O Republicanos é sua última opção.
Já a possibilidade de permanecer no Novo é vista como remota.
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