Após votação na manhã desta terça-feira (10) , o Senado aprovou o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de intervenção federal na segurança pública do DF , após atos de vandalismo desse domingo (8) . A medida vale até 31 de janeiro deste ano.
Com a intervenção aprovada, a União assume o comando da segurança pública do Distrito Federal no lugar do governo local.
Na noite de ontem, o texto já havia sido aprovado sem alterações em sessão extraordinária convocada às pressas na Câmara dos Deputados e seguiu para análise do Senado .
Governador afastado
Segundo Moraes, os atos terroristas ocorridos em Brasília tiveram a consentimento do governo do Distrito Federal , já que a 'organização' do ato era conhecida das forças de segurança e do governador.
Veja os indícios de irregularidades apontados por Moraes na decisão:
- os terroristas e criminosos foram escoltados por viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal até os locais dos crimes;
- não foi apresentada, pela Polícia Militar do Distrito Federal, a resistência exigida para a gravidade da situação, havendo notícia, inclusive, de abandono dos postos por parte de alguns policiais;
- parte do efetivo deslocado para impedir a ocorrência de atos violentos não adotou as providências regulares próprias dos órgãos de segurança, tendo filmado, de forma jocosa e para entretenimento pessoal, os atos terroristas e criminosos;
- Anderson Torres (secretário de segurança) foi exonerado do cargo no momento em que os atos terroristas ainda estavam ocorrendo.
Intervenção federal
A medida foi assinado por Lula ainda nesse domingo (8) após vândalos bolsonaristas invadirem e vandalizarem os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF , em Brasília.
Na ocasião, o presidente criticou os atos realizados na capital federal e chamou os responsáveis de "fascistas". Ele ressaltou que os financiadores e os suspeitos de integrarem os grupos serão presos.
A intervenção federal significa que a Segurança Pública do Distrito Federal será de responsabilidade da União. O presidente nomeou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
Atos terroristas no DF
Na tarde desse domingo (8), após invasão , os edifícios públicos da capital ficaram completamente depredados. Na ocasião, instalações foram quebradas, câmeras de segurança arrancadas e destruídas e a fiação foi exposta.
Os invasores destruíram, inclusive, parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que "representa um capítulo importante da história nacional" , conforme nota emitida pelo Palácio do Planalto.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.