Terrorismo no DF: o que disseram os partidos que apoiaram Bolsonaro

Presidente do PL, partido do ex-chefe do Executivo brasileiro, tentou desvincular os atos terroristas da legenda

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Bolsonaristas quebraram diversos objetos durante atos terroristas do último domingo (9)


Terroristas bolsonaristas invadiram, no último domingo (8), o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e também o STF (Supremo Tribunal Federal).  Diante das cenas de terror, não só apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestaram , como também partidos que apoiaram político de direita nas últimas eleições. 

O PL (Partido Liberal), legenda à qual o ex-chefe do Executivo é filiado, se manifestaou por meio de uma declaração em vídeo gravada por Valdemar Costa neto, presidente do partido. Ele falou em "vergonha" ao se referir aos atos realizados na capital federal, em uma tentativa de desvincular o terrorismo da legenda.

"Hoje é um dia triste para o brasil. Todos os nossos movimentos que foram feitos após as eleições em frente aos quartéis foram exemplo de educação, confiança e brasilidade. Lá, tinham famílias representando Bolsonaro, representando a direita. Todos os movimentos foram pacíficos e ordeiros. Esse movimento de Brasília é uma vegonha para todos nós e não representa o nosso partido, não representa o Bolsonaro", pontuou.

"A política e os setores de segurança têm que fazer a sua parte. Nós não apoiamos esses movimentos, nós apoiamos a pátria, a família e a liberdade. Apoiamos movimentos de bem. Esse movimento de Brasília foi uma vegonha para todos nós", completou. 


O Progressistas, por sua vez, tratou de classificar os atos como "criminosos", além de pontuar que as referidas manifestações não são "aceitáveis dentro de um regime democrático". 

"O Progressistas repudia veementemente os atos criminosos ocorridos neste domingo na Praça dos Três Poderes. Manifestações, quando pacíficas, fortalecem nossa democracia. Vandalismo e violência como as praticadas no dia de hoje, pelo contrário, afrontam a segurança institucional e não são, de forma nenhuma, aceitáveis em um regime democrático. Nosso partido apoia a democracia e trabalhará incessantemente para garantir a ordem pública", disse a nota.


Já o PSC (Partido Social Cristão), legenda que em novembro deste ano anunciou a união com o Podemos, compartilhou um comunicado oficial onde enfatizou que a invasão à Praça dos Três poderes é "inadmissível", e que jamais compactuará com atos antidemocráticos.

"A invasão e o vandalismo registrado nas sedes dos três Poderes da nossa República é inadmissível. O Podemos nasceu das vozes das ruas e jamais apoiará atos que atentam contra a democracia. Desta forma, acompanharemos de perto a apuração pelas autoridades responsáveis, para que tomem as medidas necessárias para conter imediatamente tais atos, bem como, identificar e punir seus responsáveis."

O Republicanos republicou uma postagem feita por Marcos Pereira, presidente da legenda, onde ele classifica os atos terroristas como "reprováveis". 

"Os atos de vandalismo que estão ocorrendo hoje em Brasília são reprováveis sob todos os aspectos. Nós do Republicanos repudiamos qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos, seja ela da direita ou da esquerda", escreveu. 

O único partido que apoiou Jair Bolsoanro nas eleições de 2022 e não se manifestou sobre as ações em Brasília foi o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).

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