O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, após os ataques bolsonaristas aos prédios dos Três Poderes neste domingo (8). Rocha informou que determinou o uso de todo efetivo policial na Esplanada dos Ministérios e solicitou apoio do governo federal no combate aos vândalos.
Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Torres está na Flórida, nos Estados Unidos, e demorou quase uma hora para se manifestar sobre o caso. Ele foi nomeado no último dia 1º, após a saída dele do ministério da Justiça.
“Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis”, disse Ibaneis Rocha.
Neste domingo, a cúpula petista culpou Anderson Torres e Ibaneis Rocha pela falta de segurança que possibilitou a invasão de manifestantes nos prédios Legislativos, Executivo e Judiciário. Rocha rebateu e culpou o Ministério da Justiça pela falta de preparo na segurança.
Caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília nesse sábado (7) para um ato marcado para segunda-feira (9). O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
O grupo, entretanto, seguiu pelas ruas da capital federal e subiu a rampa do Congresso, por volta das 14h30. Além do Congresso, os manifestantes invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
No Planalto, funcionários informaram que os protestantes reviraram gavetas, quebraram portas e tentaram invadir o gabinete da presidência da República. Já no STF, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes da Suprema Corte, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas dos ministros, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.
Manifestantes entraram em confronto com a Força Nacional e, segundo informações iniciais, um veículo da FN ficou pendurado no espelho d’água do Congresso.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, por meio das suas redes sociais, que medidas estão sendo tomadas e que "impor a vontade a força não vai prevalecer". Ele ainda disse que está na sede do Ministério da Justiça acompanhando os desdobramentos.