Na madrugada desta segunda-feira (19), o pastor bolsonarista Fabiano Oliveira foi preso em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, no Espírito Santo . Ele estava foragido desde a última quinta-feira (15) após ser alvo de ação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por suspeita de promover atos antidemocráticos , que contestam o resultado do segundo turno das eleições 2022 .
Nas redes sociais, o pastor continuou publicando vídeos convocando outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) a ocupar a frente de quartéis em protesto . Segundo a decisão de Moraes , Oliveira e outros três alvos de prisão atuavam como uma "milícia privada digital" incentivando ataques à democracia .
Nas redes sociais, internautas compartilharam vídeos do momento em que o pastor foi preso, por volta das 4 horas da manhã de hoje. Nas imagens, apoiadores lamentam o episódio e fazem críticas ao ministro Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal cumpriu 103 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de organizar as manifestações em oito estados: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Santa Catarina, além do Distrito Federal.
Os protestos que contestam os resultados das eleições começaram ainda no dia 30 de outubro, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar a vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, no pleito.
No Espírito Santo, houve quatro pedidos de prisão e outros 23 alvos de busca e apreensão , entre eles, estão os deputados estaduais Carlos Von (DC) e Capitão Assunção (PL). Eles foram proibidos de usarem as redes sociais e tiveram que usar tornozeleira eletrônica. Os dois estão sendo investigados por promover ataques contra ministros do STF .
No dia em que a operação foi iniciada, o jornalista Jackson Rangel, do site Folha do ES, e o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos) foram detidos. O radialista Max Pitangui segue foragido.
Fabiano Oliveira se identifica nas redes como pastor evangélico, mas não atua em nenhuma igreja. À PF , em depoimento prestado este ano, ele disse ser motorista e que, mesmo sem estar atuando dentro da igreja como líder religioso, havia recebido a "consagração".
Durante a ação, a PF encontrou 15 armas, incluindo um fuzil, um rifle, uma submetralhadora e munições em Santa Catarina. Em um primeiro endereço, havia 11 armas, incluindo uma submetralhadora, um fuzil, um rifle com luneta e munições, mas não havia ninguém na residência.
Em outra casa, foram encontradas quatro armas regulares e uma sem registro. Uma pessoa foi presa em flagrante.
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