O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou o PT por "aliança ao Centrão" e a PEC (proposta de emenda à Constituição) de transição adotada pelo partido. Além disso, o parlamentar demonstrou descontentamento com a aproximação do futuro governo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) .
"Gestos são sagrados na política. É prudente cortar na raiz fricções com mercado, militares e a política. Aliança com o Centrão apavora porque sinaliza descompromisso na política fiscal, imprevisibilidade e vai na contramão das urnas”, escreveu Calheiros.
Gestos são sagrados na política. É prudente cortar na raiz fricções com mercado, militares e a política. Aliança com o Centrão apavora porque sinaliza descompromisso na política fiscal, imprevisibilidade e vai na contramão das urnas.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) November 11, 2022
Em seguida, o senador criticou a PEC que constitucionalizaria o orçamento secreto e abriria espaço fiscal de R$ 1 trilhão. Ele também sugeriu a alternativa de implementar medidas provisórias.
"A PEC constitucionalizando o orçamento secreto abre um espaço fiscal de 1 trilhão e libera imediatamente 7,9 bloqueados. O Congresso entrega previamente a responsabilidade de fiscalizar o reequilíbrio fiscal.Há caminhos alternativos através de MPs, créditos extraordinários e no próprio orçamento", disse o relator da CPI da Covid.
“Sem falar na eleição para presidência da CD (Câmara dos Deputados) que impedirá a punição dos criminosos”, acrescentou Renan, alfinetando Arthur Lira, que tentará a reeleição na Casa.
Lira e Lula
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados na quarta-feira (9) , na Residência Oficial, em Brasília.
O tópico de discussão na reunião foi a PEC que viabilizará o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023 foi tópico de discussão. Petistas apontam que Lira se mostrou disposto a dar andamento ao projeto na Câmara e que há "forte sensibilidade" pelos parlamentares para a sua aprovação.
A expectativa do partido é que a PEC seja "resolvida" no Congresso até o fim de novembro. Porém, a proposta ainda está sendo elaborada pela equipe do governo de transição. Ainda não se sabe se o benefício ficará fora do teto de gastos apenas em 2023 ou por tempo indeterminado.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.