O presidente do PL, Valdemar Costa Neto , anunciou que o partido fará oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir do ano que vem. O comunicado ocorreu entrevista coletiva nesta terça-feira. A sigla também demonstrou interesse em ter Jair Bolsonaro como presidente de honra.
"O PL não renunciará às suas bandeiras e ideais. Será oposição aos valores comunistas e socialistas. Será oposição ao futuro presidente. O Parido Liberal seguirá mais forte do que nunca na busca pela construção de uma nação unida, pela liberdade, verdade e fé", afirmou.
O ex-deputado disse que a maioria dos parlamentares eleitos defende "os mesmos ideais, valores e bandeiras" que o partido. O PL conquistou as maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado, com 99 deputados e 14 senadores, sendo 6 deles eleitos neste ano.
Na coletiva, Costa Neto afirmou que Bolsonaro foi responsável por "glorificar" estas ideias ao chegar no partido e disse que ele "devolveu ao nosso povo o orgulho de ser brasileiro". Por isso, o presidente do PL garantiu que o candidato à reeleição derrotado terá "toda a estrutura que necessitar" e que é "muito importante que ele corra o Brasil, e continue fazendo política".
O presidente do PL disse não ter discutido com Bolsonaro qual será a remuneração do cargo e negou ter oferecido pagar uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.
Resultado das urnas
Em relação às manifestações de apoiadores de Jair Bolsonaro após a derrota no segundo turno, Valdemar disse que os "protestos que estão acontecendo, todos dentro da lei, têm o nosso apoio. Não podemos fazer um movimento que traga prejuízo ao país".
O presidente do PL foi questionado se pretende entrar com alguma ação na Justiça contra o resultado da eleição e disse que o partido seguirá Jair Bolsonaro.
"O Bolsonaro é o nosso capitão, vamos segui-lo no que for preciso", disse Valdemar. Acrescenta: "ele só vai questionar se tiver algo, estamos esperando o relatório do exército".
Costa Neto defendeu aguardar a apresentação do relatório produzido por técnicos militares sobre o processe eleitoral, que será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (9). Ele também declarou que no momento a sigla não pretende questionar a Corte.
O ex-deputado indicou que o PL já trabalha para angariar votos para a disputa pela presidência do Senado.
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