TSE manda PRF explicar operações em transporte público de eleitores

Operações são proibidas neste domingo, mas vídeos nas redes sociais mostram elas acontecendo

Polícia Rodoviária Federal não pode fazer operações em transporte público neste domingo
Foto: Polícia Rodoviária Federal
Polícia Rodoviária Federal não pode fazer operações em transporte público neste domingo

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou neste domingo (30) que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, explique por que operações policiais relacionadas ao transporte público de eleitores estão ocorrendo neste domingo, mesmo sendo proibidas.

A determinação vem após decisão tomada pelo TSE no sábado (29) que proibiu "até o término do segundo turno das eleições neste domingo qualquer operação da Polícia Rodoviária Federal relacionada ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado às eleitoras e eleitores".

Neste domingo, porém, relatos e imagens circulam nas redes sociais mostrando operações da PRF relacionadas ao transporte público. Vídeos mostram ações da polícia que impedem eleitores de votar, sobretudo no Nordeste. O caso se espalhou pela internet, e a frase "Deixem o Nordeste votar" já ultrapassa 130 mil menções no Twitter.

No Twitter, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou que recebeu várias denúncias de operações. "Já enviamos ao TSE vídeos e fotos das operações da PRF. Eles não podem fazer blitz no dia da eleição", escreveu Gleisi.

No despacho deste domingo, o TSE pede que o diretor-geral da PRF explique as operações imediatamente. No despacho de sábado, o TSE havia determinado que, caso as operações fossem feitas pela PRF, isso poderia acarretar em "responsabilização criminal do diretor-geral da PRF, por desobediência e crime eleitoral, bem como dos respectivos executores da medida".

No sábado, Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF, declarou voto em Jair Bolsonaro (PL) através de sua conta pessoal no Instagram. A publicação foi deletada neste domingo.

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