O aplicativo E-Título notificou celulares dos eleitores afirmando que impedir as pessoas de votarem é crime eleitoral. A mensagem foi entregue às 14h40, logo após denúncias de que a Polícia Rodoviária Federal ( PRF
) não cumpriu ordem do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE
) e realizou operações neste domingo (30) durante a votação do segundo turno das eleições 2022
.
A PRF fez, pelo menos, 514 operações em todo o país. O Nordeste, região em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu com 66,7% dos votos no primeiro turno, teve cerca de 50% de toda a fiscalização contra veículos fazendo transporte público de eleitores no Brasil.
“Quem impede a população de votar comete crime eleitoral. Denuncie qualquer irregularidade pelo aplicativo Pardal. #SeuVotoFazoPaís”, diz o texto enviado pelo Tribunal Superior Eleitoral no aplicativo.
O aplicativo Pardal, que pode ser baixado por celulares com sistemas Android e iOS, permite que eleitores e candidatos denunciem para a Justiça e ao Ministério Público casos de práticas irregulares.
As denúncias podem atingir propagandas e outras ações não permitidas pela legislação eleitoral, como abuso de poder político, uso da máquina pública para fins eleitorais, uso indevido dos meios de comunicação, entre outras coisas.
O caso
A Polícia Rodoviária Federal descumpriu neste domingo de segundo turno de eleição, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes e realizou número recorde de abordagens em transportes públicos.
O jornal Folha de S.Paulo informou que segundo números internos da PRF, o órgão havia realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus, tendo o Nordeste como principal alvo até as 12h35.
Após o descumprimento da decisão do TSE, a reportagem revela que o número de abordagens no segundo turno é 70% maior do que o que foi registrado no primeiro turno. O texto reitera que "não é possível estimar se essas abordagens ocorrem antes ou depois da votação desses passageiros".
O diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi convocado por Moraes para prestar esclarecimentos. Após a reunião, Vasques comunicou ao ministro que iria suspender todas as operações que estavam sendo realizadas pelo Brasil.
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