Reviravoltas e empates marcam pesquisas para os governos estaduais

Rio Grande do Sul e Pernambuco tem alternância de liderança, enquanto seis estados apresentam empate técnico entre os candidatos

Foto: Cristiano Mariz/ O GLOBO
Eleitores de 12 estados voltam as urnas no próximo dia 30 para escolher governadores

A disputa pelos governos estaduais está a todo vapor nesta reta final de segundo turno, segundo dados da pesquisa Ipec, concluída na sexta-feira (21). Entre os 12 estados que ainda estão em abertos, seis apresentam empate técnico e dois devem apresentar viradas no dia 30 de outubro.

Os eleitores dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe ainda devem comparecer às urnas para escolher os governadores. Os destaques na pesquisa ficam para Alagoas, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

No maior colégio eleitoral, por exemplo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) manteve a vantagem sobre Fernando Haddad (PT) em cinco pontos percentuais. Enquanto o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) tem 46% das intenções de voto, o ex-prefeito de São Paulo conta com 41% dos eleitores.

Já em Alagoas, Paulo Dantas (MDB) mantém a liderança com 49% dos votos válidos contra 40% de Rodrigo Cunha (União Brasil). A manutenção de Dantas a frente é vista como surpresa já que ele foi afastado governo alagoano e foi alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de participar de um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa de Alagoas.

Norte

Na região Norte apenas dois estados estão com a disputa em segundo turno para os governos: Amazonas e Rondônia.

Foto: Montagem/iG
Atual governador lidera disputa pelo governo do Amazonas

No Amazonas, o atual governador do estado, Wilson Lima (União Brasil) segue na liderança com 53% das intenções de voto. O senador Eduardo Braga (MDB) tem 41%. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Cenário bem diferente de Rondônia, que apresenta empate técnico entre Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e o senador Marcos Rogério (PL). Ambos os candidatos estão com 45% das intenções de voto.

Foto: Reprodução/montagem iG - 12/08/2022
O atual governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério

Nordeste

Região com maior número de indefinições, o Nordeste conta com cinco estados com disputa aberta. Além de Alagoas, já citada acima, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe seguem com segundo turno.

Foto: Reprodução/Instagram - 2/10/2022
ACM Neto e Jerônimo

Na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil) estão empatados tecnicamente. O petista tem a preferência de 48% do eleitoral, enquanto o ex-prefeito de Salvador tem 44% das intenções de voto.

Foto: Divulgação
João Azevêdo e Pedro Cunha estão no segundo turno na Paraíba

O resultado é parecido na Paraíba, onde João Azevedo (PSB) tem 47% das intenções, enquanto o Pedro Cunha Lima (PSDB) tem 42%. Eles estão empatados no limite da margem de erro, que é três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foto: Fotos do Instagram/Montagem Portal iG
Marília e Raquel vão disputar o segundo turno em Pernambuco

Em Pernambuco, a candidata do PSDB, Raquel Lyra, surpreendeu e ultrapassou Marília Arraes (Solidariedade) que liderou o primeiro turno. A ex-prefeita de Caruaru conta com 50% dos votos dos eleitores, enquanto a deputada federal tem 42% da preferência do eleitorado.

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Foto: Montagem/iG
Candidatos do PT e PSD vão disputar o segundo turno em Sergipe

Em Sergipe, mais um empate técnico entre os candidatos Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD). O senador tem 43% das intenções de voto, enquanto o deputado federal conta com 40%.

As quatro pesquisas utilizaram os mesmos métodos e possuem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Centro-Oeste

Foto: Reprodução/ Youtube Capitão Contar | Reprodução/ Facebook Eduardo Riedel 02.10.2022
Capitão Contar e Eduardo Riedel

O único estado da região Centro-Oeste que terá segundo turno é o Mato Grosso do Sul. Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) estão empatados em 50% para cada.

Contar se destacou após sair da terceira colocação nas pesquisas para liderar o primeiro turno no estado. Desdenhado em boa parte da campanha, obteve apoio de Jair Bolsonaro (PL) a três dias do pleito, o que alavancou sua candidatura.

Já Riedel contará com apoio massivo de adversários políticos, entre eles do PT.

Sudeste

Foto: Reprodução/Instagram @casagrande_es | Facebook: Manato 02.10.2022
Renato Casagrande e Manato

Além de São Paulo, o estado de Espírito Santo tem segundo turno nessas eleições. O governador Renato Casagrande (PSB) lidera a disputa contra Manato (PL) com larga vantagem, segundo o Ipec. O atual mandatário do estado conta com 49% da preferência dos eleitores, enquanto o adversário tem 40%.

Sul

Na região Sul do país, Santa Catarina e Rio Grande do Sul serão os protagonistas neste segundo turno. Enquanto os catarinenses parecem ter já definido seu futuro governador, os gaúchos provocaram uma reviravolta nas pesquisas.

Foto: Montagem/iG
Jorginho Mello lidera pesquisas de intenções de voto na disputa com Décio Lima

Em Santa Catarina, o candidato de Bolsonaro, Jorginho Melo (PL), lidera as pesquisas de intenção de voto com 59%, enquanto seu adversário, Décio Lima (PT), tem 26% do eleitorado. Melo ficou conhecido por ser uma das vozes em defesa do Palácio do Planalto na CPI da Covid-19 no Senado em 2021.

Já no Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) voltou a ganhar protagonismo na reta final da campanha. Após ficar em segundo no primeiro turno e arriscado de não continuar na disputa, Leite assumiu a liderança nas pesquisas e conta com 50% dos eleitores gaúchos. Já seu adversário, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), que liderou o pleito na primeira etapa do pleito, tem 41% das intenções de voto.

Foto: Reprodução/montagem iG - 02/10/2022
Onyx Lorenzoni e Eduardo Leite disputarão segundo turno

A virada do tucano nas últimas semanas se deve as denúncias de homofobia contra Lorenzoni. Em uma propaganda partidária, o candidato do PL disse ser hora de ter "uma primeira-dama de verdade", em alusão a orientação sexual de Eduardo Leite, que se declarou homossexual em 2020.