A primeira-dama Michelle Bolsonaro
afirmou, nesta quarta-feira (19), durante evento em São Paulo, que sua filha mais nova, Laura Bolsonaro
, de 12 anos, foi xingada na escola após comentário feito pela jornalista Barbara Gância
no último domingo (16).
Após a polêmica fala de Bolsonaro sobre "pintar um clima" com crianças venezuelanas que encontrou em Goiás, Barbara fez uma postagem se referindo à filha mais nova do presidente e causou revolta entre apoiadores de Jair. "Para bolsonarista imbrochável feito o nosso presidente, quando a filha do Bolsonaro se arruma, ela parece uma put*", disse, na publicação.
No palco, Michelle chorou ao revelar que nesta terça (18), no dia do aniversário de Laura, uma colega da escola questionou para a menina se ela era "a p*ta". A primeira-dama afirmou que "sempre tem uns amiguinhos que replicam o que escutam em casa".
O evento contou com várias lideranças religiosas, sendo a maioria evangélica, e políticos bolsonaristas, incluindo o candidato a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Michelle Bolsonaro vai tomar providências
Michelle afirmou nesta terça que vai tomar providências contra a jornalista Barbara Gância por ter ofendido Laura Bolsonaro , filha mais nova do presidente Jair Bolsonaro (PL). No último domingo (16), a comunicadora escreveu uma frase mencionando a criança de 11 anos.
A frase rapidamente se espalhou pelas redes sociais e apoiadores do presidente da República se revoltaram. Bolsonaristas acusaram Barbara de não respeitar uma menor de idade.
A primeira-dama usou seu perfil do Instagram para compartilhar a frase e avisar que tomaria providências contra a jornalista, no entanto, não contou quais serão as atitudes. “Só lembrando a esta senhora, que a minha filha Laura é uma criança. Medidas serão tomadas", declarou.
Bolsonaro e a frase “pintou um clima”
A frase de Gância foi feita em meio à polêmica envolvendo Bolsonaro. Na semana passada, o governante afirmou que viu as venezuelanas menores de idade e “pintou um clima”, levando-o a visitar a casa delas para saber do que se tratava. Na ocasião, o presidente fez uma live.
“Eu parei a moto em uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, 3, 4, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas em um sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’. Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, disse o chefe do executivo federal.
Porém, a responsável pela residência negou que o espaço era de prostituição e que as meninas estavam sendo cuidadas por uma ação social.
Nesta terça, ele gravou um vídeo para se desculpar. Nas imagens publicadas hoje, o chefe do executivo federal está ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e María Teresa Belandria, aliada de Juan Guaidó, principal opositor do governo Maduro, na Venezuela.
“Se as minhas palavras, que por má-fé foram tiradas de contexto de alguma forma, foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpa, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo”, falou o presidente da República.
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