O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início à sua preparação para o debate presidencial que será promovido pela Band no próximo domingo (16) sobre o segundo turno das eleições 2022
. O petista reuniu sua equipe para se aprofundar nos principais pontos que necessitam ser discutidos no encontro entre os presidenciáveis. Seu principal objetivo é encontrar um equilíbrio para não cair em provocação, mas também não ser apático.
A cúpula do PT tem tratado como fundamental os dois debates que o ex-presidente participará. O primeiro é visto para manter o cenário, no mínimo, estabilizado. Caso consiga “vencer” Bolsonaro, poderá conquistar votos de indecisos e abrir distância nas pesquisas eleitorais.
Para que isso ocorra, a equipe identificou os erros cometidos por Lula nos debates de primeiro turno. No primeiro encontro, petistas disseram que o candidato foi apático e acabou sendo salvo pela maneira agressiva que Bolsonaro teve contra a jornalista Vera Magalhães.
Já o debate da Globo, o petista foi visto como “vencedor” ao debater contra o atual presidente e Ciro Gomes (PDT). No entanto, seu bate-boca contra o padre Kelmon preocupou, porque Lula demonstrou impaciência. Só que, na ocasião, seu grupo realizou pesquisa qualitativa e a maior reclamação dos eleitores foi uma “arrogância” do ex-governante do Brasil.
Agora o trabalho que será feito é para que o candidato não extrapole em nenhum ponto. O pedido é que ele explique, com calma, cada ponto do seu plano de governo aos eleitores. Porém, caso seja atacado por Bolsonaro, Lula foi aconselhado a ser firme em seu posicionamento.
Lula e as ofensas
A campanha petista trabalha com a hipótese que Bolsonaro apele e vá para o tudo ou nada. Desta forma, a cúpula do PT acredita que o presidente possa passar do ponto com o objetivo de viralizar nas redes sociais para furar a bolha.
Lula trabalhará intensamente para se sair bem desses ataques e, consequentemente, colocar Bolsonaro como um governante “descontrolado” e sem “compromisso com o país”.
O ex-presidente vai enfatizar cada informação falsa que for dita pelo chefe do executivo federal. “Por isso ele precisa ter todos os pontos na ponta da língua”, relata um dos coordenadores da campanha petista.
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