Governador de Sergipe é acusado de assédio eleitoral

Belivado Chagas (PSD), segundo o jornalista Cláudio Nunes, teria obrigado funcionários do Estado a trabalharem em prol de Fábio Mitidieri (PSD)

Belivaldo Chagas, governador de Sergipe, tenta fazer de Fábio Mitidieri seu sucessor
Foto: Divulgação
Belivaldo Chagas, governador de Sergipe, tenta fazer de Fábio Mitidieri seu sucessor

O governador Belivado Chagas (PSD), de Sergipe, foi acusado de colocar funcionários da máquina estadual para trabalharem em favor de Fábio Mitidieri (PSD). A denúncia foi divulgada pelo colunista Cláudio Nunes, do portal Infonet, e também aparecem em publicações nas redes sociais. 

O jornalista afirmou que teve acesso a e-mail com as denúncias dos servidores, cujos nomes foram mantidos em anonimato.

"Nós, servidores Efetivos da Adema, estamos sendo coagidos pelo presidente do órgão Gilvan Dias, através de sua chefe de gabinete Claudenice e seu Coordenador de frota Cláudio Vasconcelos a panfletar nos semáforos, segurar bandeira. Foi criado um grupo no WhatsApp nominado Fábio Mitidiere 55, com a foto do numeral do candidato, onde foram adicionados todos servidores do órgão. O próprio presidente Gilvan Dias se apresenta no grupo fazendo o 'chamamento'. Outra via, em seu gabinete, a portas fechadas a pressão é tamanha que tem CC saindo chorando, tremendo e passando mal. Se nós servidores efetivos estamos vivenciando esse clima de perseguição e ameaças, imagine, caro jornalista, o que os CC da Adema estão passando? No último evento do Iate, dia 05/10, fomos obrigados a assinar uma lista ou mandar fotos que comprovassem nosso comparecimento.", diz a íntegra de uma das mensagens divulgadas pelo jornalista.

Os servidores informaram que estão encaminhando a denúncia para a Procuradoria Eleitoral.

Mitidieri disputa o segundo turno com Rogério Carvalho (PT), que lidera as pesquisas. Ainda no primeiro turno, o governador foi acusado por Valmir Francisquinho (PL) de agir para tirá-lo da campanha.  

Segundo o código eleitoral, Belivaldo pode responder por assédio eleitoral, prática em que empregadores coagem, ameaçam ou prometem benefícios para que funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas.