A cúpula do PT entrou em contato com as direções da CNN Brasil
, SBT
, Record e RedeTV! para que os debates sejam substituídos por sabatinas. A articulação faz parte da estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em diminuir os confrontos diretos com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022
.
Segundo apuração do Portal iG, Lula falou para aliados que os debates são maçantes, acrescentam pouco ao eleitor e que não repercutem como no passado. Ele destacou que apenas os encontros promovidos pela Band e Globo conseguem chamar a atenção do público.
Por conta disso, ele decidiu com a sua equipe que apenas participará das atrações promovidas pelo canal da família Saad, marcada para o dia 16 de outubro, e pela emissora da família Marinho, que acontecerá em 28 de outubro. O ex-presidente não aceitará estar presente nos encontros feitos pela CNN Brasil, SBT, Record e RedeTV!.
Para que as empresas não sejam prejudicadas em seu planejamento, Lula pediu para que sua campanha procurasse os diretores das emissoras e negociasse sabatinas. Na avaliação dele, será muito mais produtivo e não prejudicará sua agenda.
Porém, a cúpula petista não acredita que conseguirá ter sucesso nas negociações. Na avaliação do PT, RedeTV! e Record deverão fazer um “debate” só com Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente foi convidado e não quis ir até a atração.
SBT e CNN Brasil devem promover as sabatinas, mas também não deverão abrir dos debates. A tendência que sigam o mesmo método da RedeTV! e Record.
Lula quer fazer campanha de rua
O ex-presidente também tem outros motivos para não querer participar dos debates. Por causa da sua voz, Lula ficou sem agenda durante dois dias antes de estar presente no encontro entre presidenciáveis da Globo.
Com poucos dias para fazer campanha no segundo turno, ele não quer paralisar sua agenda para se preparar. Por isso avisou que só estará nos debates da Band e da Globo.
“Lula é um homem que gosta de se preparar para tudo que vai fazer. Se ele ficar indo em vários debates, terá que abrir mão de comícios ou ir despreparado aos debates. Então é o famoso ‘menos é mais’”, diz um dos coordenadores da campanha do ex-presidente.
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