Rodrigo Maia pede demissão após apoio de Garcia a Bolsonaro e Tarcísio

O ex-presidente da Câmara dos Deputados é um crítico do atual governo do país e considera o chefe do Executivo uma 'ameaça' à democracia

Rodrigo Garcia, Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas
Foto: Reprodução: facebook - 04/10/2022
Rodrigo Garcia, Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas

Nesta quarta-feira (5), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia  decidiu deixar o cargo de Secretário de Ações Estratégias do governo de São Paulo após o apoio do governador paulista , Rodrigo Garcia, ao  presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao  candidato ao governo do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em uma publicação no Twitter, Maia escreveu: "Informo que na data de hoje deixo a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. Agradeço aos governadores João Doria e Rodrigo Garcia pela oportunidade."

Ontem, segundo a apuração do iG , além de Maia, nomes como Zeina Latif (Desenvolvimento Econômico) e Laura Machado (Desenvolvimento Social) também ameaçaramm deixar os cargos por conta do "apoio incondicional"de Garcia ao atual presidente.

Irritado com a situação, Maia se reuniu com os secretários para tomar uma decisão. Ainda segundo a apuração, eles só iriam permanecer nos cargos se tivessem autorização para manifestarem suas posições sem sofrerem retaliações do governo paulista. 

Maia é um crítico do atual mandatário e considera que se Bolsonaro alcançar a reeleição, será uma ameaça à democracia.

Rodrigo Garcia

O governador de SP anunciou apoio à reeleição de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições 2022 contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (4). Na ocasião, Garcia também declarou apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo do estado.

"O PSDB está reunido declarando neutralidade. Eu declaro meu apoio incondicional ao Tarcísio e ao Bolsonaro. Comuniquei ao presidente estadual e ao presidente nacional Bruno Araújo", afirmou o tucano.

Mais cedo, Tarcísio disse, em coletiva de imprensa após reunião com líderes do PP, esperar uma "migração natural" de apoio de quadros do PSDB à sua candidatura, mas que não vê sentido em ter Garcia no palanque com ele, já que durante as campanhas, ele pregou "mudança".

Posição do PSDB

A direção nacional do Partido Social Democracia Brasileira assumiu neutralidade e anunciou que os diretórios estaduais estão autorizados a escolherem qualquer candidato à Presidência da República neste segundo turno .

“A Executiva Nacional do PSDB, na tarde desta terça-feira, decidiu liberar os diretórios estaduais e filiados no 2° turno das eleições presidenciais”, diz o comunicado publicado pela sigla em seu perfil do Twitter.

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