Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou ao segundo turno para o governo de São Paulo e já definiu qual estratégia vai adotar no prosseguimento da campanha. O ex-ministro da Infraestrutura aumentará a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas evitará qualquer discurso radical no fim das eleições 2022
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A equipe identificou que a imagem de gestor beneficiou Tarcísio no primeiro turno, tanto que muitos eleitores tradicionais do PSDB optaram por ele ao invés de escolher Rodrigo Garcia, atual governador do estado.
O objetivo é seguir apresentando os trabalhos realizados por Freitas no Ministério da Infraestrutura. Outro ponto que a campanha vai ressaltar é a habilidade dele dialogar com outros campos ideológicos, tendo feito parte dos governos Dilma (PT) e Michel Temer (MDB) antes de entrar no grupo bolsonarista.
Como o ex-ministro ficou em primeiro lugar no primeiro turno, a avaliação é que cabe a Fernando Haddad (PT) partir para o ataque. A ordem é que Tarcísio apenas se defenda e busque sempre ter discussões propositivas. A sua equipe quer mostrar uma imagem raivosa do petista.
Ao longo dos últimos 28 anos, o PSDB elegeu figuras consideradas moderadas, como Geraldo Alckmin e José Serra, tendo como exceção João Doria, que tinha um comportamento mais midiático e de confronto com seus adversários políticos.
Tarcísio será tratado pela sua campanha como um “tucano com viés bolsonarista”, ou seja, um político ligado ao presidente Bolsonaro, mas que sua personalidade é tranquila e pacificadora.
Tarcísio vai ligar sua imagem a Bolsonaro
O presidente Bolsonaro teve 47,7% dos votos, mas Tarcísio recebeu 42,32% da preferência dos eleitores paulistas. Essa diferença, na opinião da sua equipe, aconteceu porque o ex-ministro escondeu o chefe do executivo federal em diversos momentos.
Agora a ordem é fazer com que Tarcísio mostre Bolsonaro o tempo todo. A estratégia não é apenas para beneficiá-lo na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, mas também para ajudar o presidente da República.
Conforme revelado pelo portal iG, os bolsonaristas acreditam que só conseguiram vencer Lula (PT) se tiver um grande desempenho no estado paulista.
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