A senadora Simone Tebet (MDB) e o candidato a Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversaram, nesta terça-feira (4) por telefone sobre o segundo turno das eleições de 2022 . A ligação foi intermediada por Janja, esposa do ex-presidente.
Tebet e Lula devem se encontrar após o MDB anunciar de forma oficial o apoio da senadora ao petista. Segundo informações da assessoria de Simone, ainda não há uma previsão de quando o partido fará o anúncio.
A senadora terminou em terceiro lugar no primeiro turno, alcançando aproximadamente 5 milhões de votos. Após o resultado das urnas, a ex-candidata concedeu uma entrevista coletiva, e disse que não irá se omitir sobre apoio no segundo turno, mas pediu que os partidos os quais tem coligação, o MDB , PSDB , Cidadania e Podemos conversem e apresentem a ela qual será o apoio deles na nova rodada de eleições presidenciais.
"Estaremos juntos no processo de segundo turno. Então Roberto, acelere a decisão do Cidadania, peço ao MDB que faça o mesmo e ao PSDB e Podemos que faça o mesmo. Só não esperem de mim, eu que tenho uma trajetória de vida de luta pelo país, não esperem de mim omissão, tomem logo a decisão, porque a minha já está tomada. Eu tenho um lado e vou me pronunciar no momento certo", declarou Tebet.
Lula tem apoio de Cidadania e PDT
O presidente do PDT , Carlos Lupi , anunciou que o partido irá apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno contra o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) .
Em pronunciamento no início da tarde desta terça-feira (4), Lupi disse que decisão entre os membros da legenda foi "unânime".
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse que acompanha a decisão do partido de apoiar o petista. De acordo com ele, diante das opções, é "a última saída".
"Acabamos de realizar uma reunião da executiva nacional ampliada do PDT e, por unanimidade, nós tomamos uma decisão. Eu gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT", disse ele em pronunciamento nas redes sociais.
"Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste aos brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias", continuou.
O partido Cidadania anunciou o apoio a Lula também nesta terça . A decisão ocorreu após uma reunião da Executiva da sigla com as suas principais lideranças.
“Decidiu pelo apoio ao candidato do PT no segundo turno. Uma decisão que foi quase por unanimidade. Tivemos três votos defendendo neutralidade. Unanimidade contra Bolsonaro", disse o presidente do partido Roberto Freire.
Eleições gerais
Com 100% das urnas apuradas, Lula terminou com 48,43% dos votos e Bolsonaro, 43,20% . Apesar de uma expectativa por parte dos petistas de uma possível vitória no primeiro turno, a eleição será decidida em 30 de outubro. O vencedor irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026.
O atual presidente, Jair Bolsonaro começou a apuração em primeiro lugar e com uma vantagem de cerca de sete pontos sobre Lula, mas o petista virou a disputa e conseguiu terminar em primeiro com uma vantagem de mais de 6 milhões de votos.
Ciro Gomes (PDT), que aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, terminou em quarto, atrás da senadora Simone Tebet (MDB). O pedetista teve 3,05% dos votos e a emedebista, 4,16%. Votos brancos somaram 1,59% e nulos, 2,82%.
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