"As pesquisas estão desmoralizadas", diz Bolsonaro sobre 1º turno

Presidente da República teve 43,41% no 1º turno e disputa 2º turno com o ex-presidente Lula, que teve 48,18% na votação deste domingo (2)

Presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa para a imprensa após 1º turno das eleições 2022
Foto: Reprodução/CNN
Presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa para a imprensa após 1º turno das eleições 2022

O presidente da República, Jair Bolsonaro, o segundo colocado no primeiro turno da eleição para presidente , que ocorreu neste domingo (2), fez seu primeiro discurso após a oficialização do resultado. O ex-presidente Lula liderou a votação com 48,18%, enquanto que o atual presidente tem 43,41%

"Têm certas mudanças que podem vir para pior. Parece que não atingimos a camada mais importante da sociedade". Começou o presidente, ao se referir a perda na região Nordeste, que concentra um número maior de eleitores de Lula que dependem mais de programas sociais.

Na avaliação do presidente, uma das estratégias para o segundo turno será a de mostrar que a economia está se recuperando, na avaliação dele.

"Há o sentimento nas pessoas que a vida delas ficou um pouco pior na questão econômica, vamos mostrar que reconhecemos, mas que a economia está recuperando bem, que isse se fará presente em um curto espaço de tempo", disse.

Bolsonaro ainda afirmou que sua campanha venceu "a mentira que era o Datafolha", ao se referir ao resultado diferente do apontado nas pesquisas de intenção de voto: "Desmoralizou de vez os institutos de pesquisa. Acho que não vão continuar fazer a pesquisa".

Sobre as possíveis parcerias de campanha para o segundo turno, o presidente informou que já começou a se articular.

"Já existe a possibilidade de conversar com o governador Zema, [Cláudio]. Castro já ligou. O PL fez uma bancada de 101 deputados, mais senadores. Todos vão ser convidados para se empenhar durante a campanha. Agora a campanha é a nossa [...] São pessoas extremamente alinhadas comigo e vão se empenhar nesses dias", afirmou.

Sobre os candidatos à Presidência que não seguiram para o próximo turno, Ciro Gomes e Simone Tebet, Bolsonaro disse que vai fazer contato: "As portas estão abertas para conversar".

O presidente ainda disse que está com "confiança total" e elencou realizações que ele considera positivas e que podem ajudar o eleitor a se decidir votar nele no segundo turno.

"Estamos no terceiro mês com deflação, o preço dos combustíveis lá embaixo, chegou o primeiro navio de combustível da Rússia, energia elétrica também abaixou o preço, Auxílio Brasil de R$ 600 reais, o Pix, a queda no número de violência, caiu pela metade os roubos à agências de bancos", disse Bolsonaro que afirmou também que vai prosseguir com a campanha e inclusive participar de debates.

"Logicamente deve ter debate. Vamos continuar com a sabatina e participando desses eventos".

O presidente ainda afirmou que se preocupa com o país "perder a sua liberdade", e que governos à esquerda em nações da América Latina "pioraram a economia".

"Na Argentina, por exemplo, 40% da população está na linha da pobreza. Isso desistimulou o agronegócio deles. Me preocupa o Brasil perder sua liberdade, caminhar com a esquerda nos caminhos da Venezuela, da Argentina, da Colômbia e da Nicarágua".


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