O presidente Jair Bolsonaro
discursou nesta terça-feira (20) na abertura da 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas ( ONU
). A fala do chefe do executivo federal seguiu boa parte do que foi acordado com lideranças do PL
, o que causou frustração na sua campanha.
Na avaliação de lideranças do Centrão que apoiam o atual governante brasileiro, o texto não causou impacto. “Nós queríamos impressionar o mundo pelo trabalho feito na área econômica, mas tudo foi ofuscado pelos trechos incluídos pelo presidente e seus companheiros mais antigos. Aqueles que cuidam das redes sociais. Todos sabem quem são”, afirma um aliado, fazendo referência a ala radical do governo.
Bolsonaro fez citações sobre a economia, dizendo que sua gestão protegeu “a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia”. Também relatou que o país “chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação”.
“A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada”, completou em seu discurso.
"O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9,1%, taxa que não se via há 7 anos. Reduzimos a inflação, com estimativa de 6% no corrente ano. Tenho a satisfação de anunciar que tivemos deflação inédita no Brasil nos meses de julho e agosto".
Bolsonaro e o discurso ideológico
Mas todos prestaram atenção nos trechos ideológicos, que não estavam no discurso aprovado pelos líderes do Centrão. Bolsonaro aproveitou o espaço na ONU para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político em e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares”, comentou.
A imprensa internacional criticou o comportamento de Bolsonaro e grandes líderes mundiais não deram importância para a fala do presidente brasileiro. Além disso, a repercussão no Brasil passou longe de impactar o eleitor, na avaliação da sua própria campanha.
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