A nova pesquisa Datafolha,
divulgada na última quinta-feira (2), apresentou uma boa notícia para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de ter mantido seu percentual em comparação com o relatório anterior, o chefe do executivo federal viu seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cair dois pontos, ficando mais distante de vencer no primeiro turno.
A estratégia do grupo bolsonarista é levar a eleição para o segundo turno e ter o confronto direto com o petista, discutindo pautas de costumes e corrupção. Além disso, há enorme expectativa na campanha do mandatário de que a economia apresentará alguns efeitos positivos, mudando a concepção de muitos eleitores em relação ao atual governo.
Mas aliados indicaram para Bolsonaro que o caminho é evitar atacar os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Mesmo sabendo que ambos não o apoiaram em um eventual segundo turno, a ideia da equipe do governante é não criar rejeição com o eleitorado deles.
Por conta disso, o plano é defender as ações do governo, principalmente envolvendo a economia e as mulheres, atacar Lula e o PT na área da corrupção e desconversar quando for questionado sobre Tebet e Ciro. “O presidente sabe mudar o foco quando quer. É isso que ele tem que fazer”, diz um interlocutor para a reportagem.
A estratégia também não visa apenas à migração de votos no segundo turno. Evitar críticas ao pedetista e na emedebista é uma maneira de não provocar os eleitores deles de fazerem o voto útil em Lula no primeiro turno.
“Eleição é guerra de narrativa e cada estratégia é montada conforme o andar da carruagem. Precisamos chegar ao segundo turno, então não podemos fazer com que o Lula vença pelo voto útil. O discurso do presidente no debate [da Band], em que ele diz que a disputa está polarizada, não pode ser feito mais”, completa o interlocutor.
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