Tebet no JN: candidata se apoia em igualdade salarial e maternidade

A senadora disse que em janeiro, quem estará governando o Brasil é a "alma da mulher e o coração de mãe"

Simone Tebet foi a última entrevistada da série de sabatinas do 'Jornal Nacional'
Foto: Divulgação/TV Globo - 26.08.22
Simone Tebet foi a última entrevistada da série de sabatinas do 'Jornal Nacional'

Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo,  a presidenciável e senadora Simone Tebet (MDB) abordou questões femininas e se apoiou na maternidade. Ela ainda relatou sobre as dificuldades de mulheres na política e prometeu que, se eleita, seu primeiro projeto será sobre igualdade salarial entre homens e mulheres.

"É uma escada, né. Tudo na vida da gente é difícil, você sabe disso, como é difícil ser mulher na iniciativa privada. Que dirá na vida pública. Eu sou privilegiada, porque veja, estou diante de um partido que saiu na vanguarda e teve coragem de lançar nesse momento mais difícil do Brasil uma mulher candidata da República", disse em resposta a Renata Vasconcellos.

"A presidente que vai estar governando o Brasil a partir de primeiro de janeiro do ano que vem não é a senadora, não é a deputada, não é quem foi prefeita, não é quem foi vice-governadora, é a alma da mulher e o coração de mãe", acrescentou Tebet.

Violência Política

Simone Tebet foi a primeira mulher que presidiu a comissão de combate a violência contra a mulher no Senado. Sobre o tema, ela comentou:

"E entre outras coisas tem essa violência política. E nós conseguimos avançar agora com 30%, tempo de rádio, de televisão, para mulher, e isso fez com que nós pudéssemos aumentar em quase 50% o número de deputadas", disse a candidata.

Igualdade salarial

"A mulher ganha 20% menos do que o homem, exercendo a mesma função, se for negra, preta, recebe 40% menos. Me explique qual é a lógica disso? Não é só por ela, não é pelo reconhecimento".

Ela ainda prometeu que se for eleita seu primeiro projeto será voltado a este tema. "O primeiro projeto que eu vou pedir para pautar na Câmara dos Deputados é igualdade salarial entre homens e mulheres".

Apesar de defender mulheres na política, a candidata não cita nenhuma vez o nome da ex-presidente Dilma Rousseff, a única mulher a frente do Brasil e que tinha o partido do MDB como vice durante seu governo.

Outro momento de Tebet na sabatina foi quando ela citou uma conversa que teve com cidadãos que sofrem com a falta de saneamento. Ela também declarou que a questão da fome no país é "inadmissível".

"Hoje, 5 milhões de crianças vão dormir com fome. Isso é inadmissível”, diz Tebet, olhando diretamente para a câmera do Jornal Nacional".

Nas pesquisas eleitorais, Tebet ou empata com Ciro Gomes (PDT) ou fica em quarto lugar. No último levantamento do Datafolha, divulgado em 18 de agosto, ela tinha 2% das intenções de voto.

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