O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer ter o Senado ao seu lado para poder controlar os poderes da Câmara. A cúpula do petista traçou um plano para dar um ponto final no Orçamento Secreto e não ficar refém dos deputados, que tendem a reeleger Arthur Lira (PP) como presidente da Casa de Leis.
Conforme apurou a reportagem, o candidato à Presidência identificou que possui menor resistência com senadores e buscará dar maior protagonismo ao Senado para neutralizar a Câmara. Além disso, os aliados de Lula ressaltam que há menos congressistas por lá para negociar, o que facilitariam o objetivo do presidenciável.
O ex-presidente já avisou que, caso vença as eleições, sua primeira ação é dar um ponto final no Orçamento Secreto. Para que isso aconteça, ele trabalhará pesado ao lado de senadores para alcançar seu desejo. Além disso, o petista trabalhará para ter Lira ao seu lado, se o mesmo for reeleito, porém, em um modelo completamente diferente do que tem ocorrido no governo Bolsonaro.
Na avaliação de Lula, é a Câmara que tem administrado o Brasil, atropelando o Senado e o Planalto. Na opinião do petista, uma das funções do Congresso é dialogar com todas as instituições e sem qualquer privilégio.
Outro plano do PT é criar uma espécie de “Centrão B”. O petista quer chamar deputados que estão nos partidos de Jair Bolsonaro, mas não concordam com o atual governo federal, para negociar e medir forças com o “Centrão A”, formado por parlamentares que fazem parte da base governista.
Lula acredita ser possível atingir seu objetivo, o que lhe daria governabilidade para passar seus projetos no Congresso.
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