Lula vai recriar Ministério da Cultura, afirma Alckmin a artistas

Declaração foi dada em jantar na casa de Fábio Ferrari Porchat, em São Paulo

Geraldo Alckmin discursando no Anhangabaú
Foto: Reprodução/YouTube - 20.08.2022
Geraldo Alckmin discursando no Anhangabaú

Candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) afirmou na noite desta terça-feira que, se eleito, Lula vai recriar o Ministério da Cultura e fortalecer o Fundo Nacional de Cultura.

As falas foram feitas a uma plateia de artistas, empresários e intelectuais reunidos na casa do ex-deputado Fábio Ferrari Porchat, em São Paulo. Porchat é pai do humorista homônimo, que não esteve no evento.

Alckmin afirmou que a cultura e o setor de serviços em geral têm forte potencial de geração de empregos na comparação com a agricultura mecanizada e a indústria automatizada e, por isso, precisam ser incentivadas. O ex-governador de São Paulo criticou o que chamou de "apagão" de financiamento da área cultural durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alckmin exaltou a Lei Rouanet, mecanismo de fomento e financiamento à cultura constantemente criticado pelo presidente Bolsonaro. Para o ex-governador, a lei "foi um grande ganho" para o país. Ele foi aplaudido de pé pelos cerca de 40 presentes.

Ele também criticou o fato de que, sob Bolsonaro, ainda seja necessário falar em sobrevivência e importância do regime democrático, "uma pauta do século XX". Para Alckmin, um novo governo precisa avançar em temas como a economia criativa, sustentabilidade e meio ambiente.

O vice de Lula ainda brincou ao dizer que os encontros na casa de Porchat lhe dão sorte nas campanhas eleitorais. Ex-secretário municipal de Cultura de São Paulo na gestão de Jânio Quadros, Fábio Ferrari Porchat realizou encontros similares em sua casa em eleições passadas nas quais Alckmin foi eleito governador.

Desta vez, estiveram no local nomes como o cineasta Aníbal Massaini Neto, o empresário Fauzi Hamuche, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo Pedro Menin e o advogado criminalista Fernando Castelo Branco.

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