Neste domingo (7), o candidato Fernando Haddad (PT) mirou em João Doria (PSDB) e evitou Geraldo Alckmin (PSB) no debate da Band para criticar o governo PSDB. O petista apontou, na visão dele, equívocos das gestões tucanas ao enfrentar Rodrigo Garcia, mas seguiu um tom moderado ao falar sobre o vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Garcia comentou a falta de entrega de algumas obras da gestão Haddad na prefeitura da capital paulista, o que incomodou o ex-ministro da Educação. Ao responder seu adversário, o professor universitário explicou que não precisou mudar o projeto do hospital da Brasilândia após um pedido de Alckmin.
“Da Brasilândia, eu não entreguei o hospital por um pedido do governador Alckmin. Ele queria colocar uma estação de metrô embaixo e eu tive que mudar o projeto para atender um pedido do governador. O metrô não chegou, mas o hospital foi entregue com o dinheiro que eu deixei em caixa”, explicou, adotando um tom mais ameno ao falar do vice do ex-presidente.
Em compensação, ao comentar sobre João Doria, Haddad relembrou que houve aumentos de impostos durante a pandemia. “Neste quadriênio, aumentando impostos de leite e carro usado, confiscando salário de professor, o investimento [no estado de São Paulo] não vai chegar a R$ 50 bilhões no estado de São Paulo”.
O ex-ministro da Educação ainda ressaltou que o ex-governador foi eleito prefeito da capital paulista em 2016 e deixou o cargo em 2018 para ser candidato ao governo, descumprindo uma promessa que realizou durante a campanha.
Associar Garcia a Doria faz parte da estratégia de Haddad para poder fazer críticas ao governo tucano em São Paulo. Ele evitará criticar Alckmin, já que o ex-tucano o apoia na corrida eleitoral estadual.
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