Em um vídeo obtido pelo DIA, o cônsul alemão Uwe Herbert Hahnn detalha à delegada Camila Lourenço, da 14ª DP, o que teria ocorrido na sexta-feira (5), noite da morte do marido de Hahn, o belga Walter Henri Maimilien Biot, 52, na cobertura onde moravam, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Nas imagens, o diplomata conta, sem reações mais emocionais, que o companheiro e ele estavam conversando no sofá, quando o belga levantou-se, sem motivo algum, fazendo barulho de surpresa e começou a correr até a porta da varanda, onde foi encontrado o corpo.
O mobiliário tinha à frente uma mesa com cigarros, refrigerante à base de cafeína e uma medicação tarja amarela, usada para identificar remédios genéricos. O preso nega que o cônjuge tenha esbarrado em uma mesa de centro ali no cômodo.
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O estrangeiro ainda relata que não se lembra do assunto que conversavam no sofá e completou que Biot apresentou reações estranhas e pânico dias antes do fato. Toda ação foi feita com luvas, sem interrupções ou reações mais emotivas, como choro.
Após cair na varanda, Hahn fotografou o companheiro caído e enviado a uma amiga, posteriormente, mandou o marido dormir na cama, e não lá, quando percebeu que havia sangue.
No relato, o germânico ainda diz acreditar que a queda de rosto no chão teria sido porque a vítima dormiu antes de tropeçar. A versão foi refutada pela delegada, que o prendeu em flagrante.
A perícia ainda constatou, pelo menos, 30 lesões em todo corpo do europeu, inclusive, lesões no ânus, além de marcas de golpe com cilindro e pisadura no tórax. Algumas feitas dois dias antes. Na tarde deste domingo, a Justiça determinou prisão preventiva ao acusado.