Após a executiva nacional do PSB comunicar que não destinará recursos à sua campanha, o deputado federal Alessandro Molon (PSB) convocou uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (5) para anunciar sua decisão sobre a sua candidatura ao Senado.
Na noite de ontem, em uma reunião tensa de quase duas horas, o ex-governador de São Paulo Márcio França, tesoureiro do PSB, comunicou o parlamentar que ele não receberá recursos do fundo eleitoral. Segundo publicou a colunista Malu Gaspar, Molon vai anunciar que se mantém na disputa e abrirá uma vaquinha para financiar sua campanha.
Mesmo com a represália do próprio partido, Molon manteve sua intenção de concorrer ao Senado. A decisão final sobre como será seu futuro político será anunciada na sede do PSB no Rio de Janeiro na tarde desta sexta.
O pessebista é o pivô da crise entre PT e PSB, por manter seu projeto de disputar a vaga de postulante ao Senado na chapa de Marcelo Freixo (PSB), candidato ao Palácio Guanabara.
De acordo com integrantes do PT, Molon estaria descumprindo um acordo que previa somente André Ceciliano (PT) como candidato ao Senado na chapa que formará o palanque de Luiz Inácio Lula da Silva no estado.
Em uma reunião no começo da tarde desta sexta-feira, executiva nacional do PT aprovou a manutenção da aliança em torno da candidatura Freixo, mesmo diante da insistência de Molon seguir na disputa. O pessebista nega que tenha feito o acordo reivindicado pelo PT.
Na quinta-feira, em entrevista ao GLOBO, seu eventual adversário André Ceciliano voltou a cobrar que os acordos partidários sejam respeitados. No entanto, mudou o tom em relação a Molon, dizendo que "vai respeitar" a decisão do PSB e esboçou sua estratégia para atrair eleitores num posível cenário eleitoral com dois nomes da esquerda na disputa ao Senado.
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