Após Datafolha, Bolsonaro usa Auxílio Brasil para segurar aliados

Pesquisa preocupou vários candidatos que fazem parte da campanha do presidente da República

Bolsonaro tem enorme esperança sobre o Auxílio Brasil
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Bolsonaro tem enorme esperança sobre o Auxílio Brasil


A nova pesquisa Datafolha assustou a equipe de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Muitos aliados comunicaram que abandonariam o grupo bolsonarista e disputariam a eleição de forma independente ou se aliando ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, o Palácio do Planalto pediu para que todos esperem o pagamento do Auxílio Brasil para saber como a população mais pobre irá reagir.

O relatório divulgado pelo Datafolha  mostrou o petista com 47% das intenções de votos contra 29% do atual mandatário. Já entre as pessoas que ganham até dois salários mínimos , que é o maior eleitorado, o ex-presidente tem 54%, enquanto Bolsonaro ficou com apenas 23%.

Esses números passaram a repercutir na noite da última quinta-feira (28). Muitos candidatos que se preparavam para apoiar o presidente começaram a avisar que estavam desembarcando do grupo de apoio. Eles trabalhariam para serem independentes ou até mesmo estar ao lado de Lula.

A informação caiu como uma bomba no Palácio do Planalto. Aliados de Bolsonaro iniciaram conversas com todos aqueles que estavam insatisfeitos com o desempenho do mandatário no Datafolha para amenizar a crise. O pedido é que todos esperem até agosto para tomar uma decisão definitiva.

Os bolsonaristas possuem enorme esperança em relação ao pagamento do Auxílio Brasil. A expectativa é que a rejeição do governante diminua e se torne mais competitivo durante a campanha.

Boa parte aceitou em aguardar, enquanto uma minoria avisou que seguirá seu próprio caminho, longe do presidente, pois não acredita que o programa surtirá efeito nesta altura do campeonato.

O Auxílio Brasil nasceu no fim do ano passando, substituindo o Bolsa Família. O repasse inicial era de R$ 400, mas os eleitores mais pobres continuaram apoiando a candidatura de Lula.

No mês passado, o governo federal conseguiu aprovar no Congresso o aumento do pagamento do programa para R$ 600. O repasse vai começar a ser feito a partir de 9 de agosto.


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