Nesta quinta-feira (28), a nova pesquisa Datafolha revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu três pontos percentuais entre as pessoas que ganham até dois salários mínimos. Apesar do salto, o chefe do executivo federal segue muito atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o relatório, Bolsonaro atingiu 23% das intenções de votos dentro deste público que representa 53% dos entrevistados ouvidos pelo instituto. Já o petista foi citado por 54%.
Esse grupo tem sido o maior problema para o grupo bolsonarista. Não por acaso, nos últimos meses, o governo tomou ações que o próprio Palácio do Planalto criticou em anos anteriores. Uma delas foi o aumento do pagamento do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família em novembro do ano passado.
Quando era deputado, Bolsonaro chamou o Bolsa Família de “bolsa farelo” e chegou a defender, em 2011, o fim do programa, dizendo que o projeto levaria a uma “ditadura do proletariado”.
Porém, após se tornar presidente, ele mudou o discurso e até trocou o nome para Auxílio Brasil, aumentando o valor do pagamento para R$ 400. Em junho, o Congresso aprovou a subida do repasse para R$ 600, que sempre foi defendido pela oposição.
Essa ação da situação tem como objetivo diminuir a rejeição de Bolsonaro entre os mais pobres. Porém, o pagamento só começará a ser feito partir de agosto, ou seja, a pesquisa Datafolha ainda não identificou qual o efeito do auxílio na disputa eleitoral.
O Datafolha ouviu 2.566 eleitores em 183 cidades . A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01192/2022. A margem de erro do levantamento, contratado pela Folha e feito na última quarta (27) e nesta quinta, é de dois pontos percentuais.
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