A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira que o PL vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Tabata Amaral (PSB-SP). Ontem, a deputada se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais após apagar um tuíte em que apoiava o boicote à convenção do Partido Liberal, que vai oficializar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Diante da repercussão, o filho do presidente gravou um vídeo em que acusa a parlamentar de "trapaça".

"Estou informado que, através do PL, a gente está entrando no Conselho de Ética contra a deputada Tabata Amaral, porque isso daí não é normal, isso daí não é jogo limpo na eleição, isso daí é trapaça, é falsificação, é quase um ataque hacker, e a gente não vai admitir. Fora isso, outras providências estão sendo tomadas", anunciou o parlamentar.

Ao final do vídeo, Eduardo ainda acrescentou que a "esquerda não vai voltar para assaltar o brasileiro de novo".

Entenda o caso

Na terça-feira, o PL abriu as inscrições para o evento que ocorre neste domingo no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A entrada é gratuita e feita por plataforma de ingressos. Na web, internautas antibolsonaristas se organizaram para esvaziar a convenção e passaram a reservar o ticket, mas sem o intuito de comparecer ao local.

Opositora do governo, a deputada compartilhou um tuite de um internauta que incentivava a ação: "Simbora, galera", escreveu Tabata. Horas depois a publicação foi apagada, o que acabou gerando grande repercussão entre os apoiadores do presidente.

Ao GLOBO, a assessoria da deputada Tabata Amaral confirmou a postagem na terça-feira e atribuiu o motivo da exclusão do post ao fato de ser um retuíte, e o internauta autor da publicação original ter excluído. Por isso, não daria mais para entender o que a parlamentar se referia. A assessoria disse ainda que a reação dos bolsonaristas veio quase 24 horas depois, e que a deputada fará um vídeo em resposta a Eduardo Bolsonaro.

Após a repercussão nas redes, o PL abriu o evento para entrada do público em geral, sem a necessidade de ingressos. O estádio tem capacidade para 13.616 pessoas. Um telão será colocado do lado de fora para quem não conseguir entrar poder acompanhar. O partido informou que fez um pente fino nas inscrições e acabou cancelando quase quarenta mil das cinquenta mil solicitações de entradas.

No Twitter, Jair Bolsonaro ironizou o plano dos apoiadores de Lula: "É isso que estão fazendo nos atos públicos do descondenado?", em referência a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será seu adversário nas eleições de outubro.


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