Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo, e Plínio Valério (PSDB-AM) protocolam requerimentos solicitando que a ordem cronológica de pedidos de aberturas das Comissões Parlamentares (CPIs) seja respeitada, minutos após a oposição protocolar o pedido de abertura da CPI do MEC, para averiguar irregularidades no ministério e a suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
O objetivos dos senadores aliados ao governo é fazer com que outras comissões, mais "amistosas" ao governo, sejam abertas antes. No caso, eles pedem especificamente a abertura das CPIS das ONGs, que aguarda desde 2019, e da comissão para investigar obras inacabadas e o Fies, que aguarda instalação desde 12 de abril.
Como há um limite para o funcionamento do número de CPIs de forma simultânea no Senado, isso poderia, na prática, inviabilizar a CPI do MEC. Haverá, contudo, ainda muito embate político: a oposição ainda pode, por exemplo, tentar retirar assinaturas destas outras CPIs que haviam sido protocoladas anteriormente.