Com 43% das intenções de voto para as eleições presidenciáveis de outubro, o ex-presidente Lula (PT) mantém certa estabilidade na vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL), segundo a pesquisa BTG/FSB divulgada nesta 2ª feira (27).
O atual presidente contabiliza apenas 33% do eleitorado. Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%, e logo atrás, 7% dos entrevistados afirmaram não votar. Juntos, outros candidatos somam 4% das intenções, e Simone Tebet (MDB), 3%, mesma porcentagem de indecisos.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre os dias 24 a 26 de junho de 2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos em um intervalo de confiança de 95%.
Segundo turno
Má notícia para Bolsonaro nas projeções para o segundo turno: o presidente perde para todos os principais candidatos na eventual votação. Contra Lula, a diferença é de 52% a 37%; 5% citaram 'nenhum', e 4% optam por votar em branco ou nulo.
Contra Ciro Gomes, o candidato do PDT levaria as eleições com uma diferença considerável - 48% a 38%. A diferença mais acirrada se dá em uma eventual disputa com Simone Tebet, mas ainda sim a senadora levaria a melhor, por 41% a 40%.
Já Lula vence em todos os cenários com larga vantagem. Contra Ciro, o petista tem 50% contra 29%. Contra Simone Tebet, 52% a 28%.
Rejeição
Jair Bolsonaro é o candidato com maior eleição entre os considerados na pesquisa; 57% dos entrevistados afirmaram que não votariam no presidente 'de jeito nenhum'. Com 51% aparece Simone Tebet, e em terceiro lugar, o ex-presidente Lula.
Nesse aspecto, chama atenção os percentuais sobre a falta de conhecimento de alguns eleitores sobre alguns candidatos: 65% afirmaram não conhecer Felipe D'Ávila (Novo) ou Luciano Bivar (União Brasil); e 60% André Janones (Avante). Tebet, a representante da '3ª via', é desconhecida por 59% dos ouvidos.
Avaliação do governo
Na pesquisa, 50% dos eleitores classificaram o governo como ruim ou péssimo, e 31% como ruim ou regular. Bolsonaro é aprovado por apenas 29% dos eleitores. O percentual é 1% maior do que o registrado na pesquisa divulgada em 13 de junho.
A situação econômica é muito ruim ou ruim para 63% dos respondentes, e boa ou muito boa para apenas 14%. O desemprego (19%) e a inflação (23%) são apontados como os principais problemas da economia do país atualmente.
Sobre a inflação, 97% apontam que perceberam que aumentou 'muito' ou 'um pouco' nos últimos três meses; e 65% esperam que elas devem continuar aumentando nos próximos meses.