Durante live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro , que foi preso pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção e tráfico de influência quando comandada a pasta.
Ao tentar justificar o possível caso de corrupção em seu governo, Bolsonaro disse que exagerou ao dizer que "colocaria a cara no fogo" por Ribeiro, mas que colocaria a mão no fogo.
Segundo Bolsonaro, "Você pode ver, não foi corrupção, da forma que estava acostumado a ver em governos anteriores, o cara fez uma obra superfaturada, comprou material e não recebeu, superfaturou. Nada disso. Foi de história de fazer tráfico de influência".
Ontem (23), o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), aceitou habeas corpus e mandou libertar Milton Ribeiro.
Bolsonaro ainda defendeu que Milton não deveria ter sido preso e que foi "maldade" com o ex-chefe da Educação.
“Então prenderam o Milton, prenderam os demais pastores. Bem, hoje o desembargador do TRF de Brasília concedeu a liminar e o Milton aí vai responder em liberdade. Nem devia ter sido preso. E olha a maldade: tem a prisão preventiva e a temporária. Deu logo a preventiva, para ficar preso ali até a campanha, quando acabar as eleições daí ia ser posto em liberdade. Essa seria ideia se nós não tivéssemos pessoas isentas, que eu entendo ser a grande maioria no poder judiciário”, disse Bolsonaro.
Ontem, Bolsonaro mais uma vez tentava tirar o foco da prisão do ex-ministro ao levantar assuntos polêmicos.
Em conversa com apoiadores, Bolsonaro disse que quem apoia o procedimento de aborto para a menina de 11 anos, que engravidou após ser vítima de um estupro, quer impor uma ditadura no Brasil . O direito à interrupção da gestação da criança foi negado por uma juíza de Santa Catarina.
"Quem quer impor uma ditadura no Brasil não sou eu. É quem não quer a liberdade de expressão, é quem vai controlar a mídia, é quem diz que vai valorizar o MST, é quem diz que esse caso da menina grávida de sete meses tem que abortar", disse o mandatário.
Um dos suspeitos de corrupção no caso, o pastor Gilmar Santos usou as suas redes sociais para se manifestar sobre a prisão e disse que estava em "reflexão" e com o "coração quebrantado" .
"Nosso País está tomado pelo ódio e fome de poder, com interesses políticos manipulando a verdade e a transparência dos fatos. Como sabemos, existe uma luta incansável para enfraquecer o governo eleito", diz Santos.
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