A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar um grupo de brasileiros que gravou um vídeo fazendo cobranças ao procurador-geral da República, Augusto Aras, durante uma viagem a Paris, em abril.
Segundo integrantes da PGR, Aras ficou irritado com o episódio e queria transformar o caso em uma tentativa de interferência na autonomia e independência do Ministério Público.
Ao longo da apuração, entretanto, a PF descartou os crimes de segurança nacional e apenas investigou a suspeita de injúria e difamação contra o procurador-geral. A informação foi antecipada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo GLOBO.
"Dar rolézinho em Paris é legal. E abrir processo, procurador? Vamos lá investigar ou vai continuar engavetando aí?", disse um deles, no vídeo.
No vídeo divulgado nas redes sociais, um dos homens diz a Aras:
A PF concluiu a apuração e enviou o caso para análise do Ministério Público Federal, que ainda não deu prosseguimento.
À época, segundo o colunista Lauro Jardim, Aras recebeu conselhos de aliados para evitar espaços públicos em Portugal, onde o número de brasileiros residentes no país é maior. A estratégia era evitar que o procurador-geral da República ficasse exposto a novas cobranças.
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