PSDB critica Lula: 'Sempre concordou com políticas ditatoriais'
Partido reagiu à declaração dada pelo ex-presidente à revista Time e disse que ele se apresentar como o "candidato do resgate da democracia é uma fraude"
Nas redes sociais, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) reagiu à declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à revista norte-americana Time
sobre o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky
, e afirmou que o petista "sempre concordou com políticas ditatoriais".
Em entrevista à revista, publicada nesta quarta-feira (4), Lula disse que Zelensky "quis a guerra" com a Rússia e é "tão responsável quanto [o presidente russo Vladimir] Putin", porque "uma guerra não tem apenas um culpado". O conflito, que começou em 24 de fevereiro em solo ucraniano, já deixou milhares de mortos e refugiados.
"Eu não conheço o presidente da Ucrânia. Agora, o comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação", afirmou Lula.
Após a repercussão da entrevista, a conta oficial do PSDB escreveu no Twitter que a fala de Lula mostra que "o fato de ele se apresentar como o candidato do resgate da democracia brasileira é uma fraude".
"As declarações de Lula sobre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mostram que o fato de ele se apresentar como o candidato do resgate da democracia brasileira é uma fraude. Sobre Bolsonaro já sabemos, mas a verdade é que Lula sempre concordou com políticas ditatoriais", publicou a sigla.
As declarações de Lula sobre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mostram que o fato de ele se apresentar como o candidato do resgate da democracia brasileira é uma fraude. Sobre Bolsonaro já sabemos, mas a verdade é que Lula sempre concordou com políticas ditatoriais. pic.twitter.com/4CuVh8gpXc
— PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) May 4, 2022
Guerra na Ucrânia
O conflito, iniciado em fevereiro deste ano, já deixou milhares de mortos e cidades ucranianas completamente destruídas após o avanço das tropas russas.
Nesta semana, autoridades dos Estados Unidos e de outros países ocidentais disseram acreditar que a Rússia pode declarar oficialmente guerra contra a Ucrânia em 9 de maio . Desde a invasão russa ao território ucraniano, Putin e as autoridades do país não usam "guerra" para definir a ação, mas o termo "operação especial".
De acordo com relatório das autoridades ocidentais, a estratégia da Rússia em declarar guerra permitiria a mobilização total de forças de reserva à medida que os esforços de controlar as regiões ucranianas continuam a falhar.
Hoje, fontes dos serviços de inteligência ucranianos afirmaram que a Rússia está preparando uma parada militar na cidade ucraniana de Mariupol , sitiada há semanas e quase toda destruída, para o próximo dia 9, data de celebração da vitória da União Soviiética sobre a Alemanha nazista.
** Letícia Moreira é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. No Portal iG, trabalha nas editorias de Último Segundo e Saúde, cobrindo assuntos como cidades, educação, meio ambiente, política e internacional.