Aras é cobrado em férias na França: "E o bolsolão do MEC?"; veja vídeo

Procurador-geral da República passeava pela capital francesa quando foi interpelado por brasileiros

Foto: Reprodução
O PGR Augusto Aras de férias em Paris

O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi interpelado nesta segunda-feira na capital francesa Paris enquanto passeava com a família pela cidade, onde passa férias. Um grupo de brasileiros reconheceu o PGR e cobrou investigações sobre as  suspeitas de corrupção no Ministério da Educação (MEC) e a compra de 35 mil comprimidos de viagra pelas Forças Armadas, o que é apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) .

Um vídeo divulgado pelo portal Metrópoles , e compartilhado nas redes sociais, mostra Aras caminhando de óculos e máscara em Paris quando é questionado por brasileiros.

"Dar rolezinho em Paris é legal. E abrir processo, procurador? Vamos lá investigar, procurador? Ou vai continuar engavetando?", indaga um deles.

Sem resposta ou reação de Aras, o brasileiro insiste, enquanto grava a cena:


"Vamos investigar lá o bolsolão do MEC, pastor fazendo reunião, vamos investigar o Bolsonaro gastando milhões em viagra do Exército. Cadê a investigação, procurador? Aqui em Paris não tem nada para encontrar, não. Pode deixar que a gente procura. Tem que procurar lá em Brasília", afirmou.

Questionada, a PGR disse que Aras "está em férias regulares" e não dará detalhes "por uma questão de segurança".

Denúncias sobre a atuação de pastores como lobistas do MEC resultaram na exoneração de Milton Ribeiro do comando da pasta . De acordo com as acusações, Gilmar Santos e Arilton Moura atuavam para facilitar o acesso de prefeitos a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina.

Em março, Aras pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Ribeiro . A solicitação foi feita após um áudio do ex-ministro, divulgado pela Folha de S. Paulo , indicar que o governo priorizava prefeituras que negociavam a liberação de verba diretamente com os religiosos, que não tinham cargo no ministério .