Nesta quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a levantar questões sobre a apuraçãod e votos nas eleições de 2022. As declarações do mandatário ocorreram durante discurso em cerimônia de inauguração de uma estação de trem em Parnamirim (RN).
O presidente disse, sem citar nomes: “Pode ter certeza que, por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos” .
Desde o ano passado, Bolsonaro bate de frente com três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Luís Roberto Barroso (ex-presidente da Corte), Edson Fachin (atual presidente) e Alexandre de Moraes (que irá presidir o tribunal no pleito de outubro).
Desde o ano passado, o mandatário não poupou ataques e indiretas ao processo eleitoral, lançando questionamentos sobre o sistema eletrônico de votação, entretanto, sem apresentar provas. Em agosto, a Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao chefe do Executivo ao rejeitar a PEC do Voto Impresso.
Derrotado pela Câmara, Bolsonaro voltou a criticar o TSE nos atos antidemocráticos de 7 de Setembro. Dias depois, por conta das críticas de diversos órgãos e integrantes do governo, ele adotou postura mais contida. Agora, às vésperas dos lançamentos de candidatura, o presidente voltou a fazer críticas.
Semana passada, o presidente disse esperar que as eleições de 2022 ocorram sem “nenhuma surpresa” por parte do TSE.
Na cerimônia desta quarta, Bolsonaro afirmou que ainda há “pouquíssimas pessoas” que podem muito em Brasília. “Creiam vocês que pouquíssimas pessoas podem muito em Brasília, mas nenhuma delas pode tudo, porque acima delas tá a vontade de vocês. Nós, militares, juramos dar a nossa vida pela pátria. Nós agora também daremos a nossa vida pela liberdade.”
O mandatário disse também que o Brasil foi liderado por “pessoas que querem o poder pelo poder” e tornou a falar sobre uma das medidas de seu governo: a ampliação das hipóteses para concessão de armas de fogo.
“Chega de ser governado por pessoas que não acreditam no seu povo, por pessoas que querem o poder pelo poder. Pode ter certeza: os exemplos eu bem tenho demonstrado", disse o mandatário, que afirmou ser "um dos presidentes mais democratas da história do Brasil".
"Um presidente que, inclusive, deu o direito ao seu povo a ter a posse de uma arma de fogo. Chega de só bandido estar armado e defendido por governos. Quem tem que estar armado são os homens e mulheres de segurança pública e homens e mulheres do povo de bem do nosso Brasil. Povo armado jamais será escravizado", concluiu.
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