O presidente Jair Bolsonaro deixou o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, para onde tinha sido levado ontem à noite, após se sentir mal, com dores abdominais e refluxo, como já ocorreu em outras ocasiões. As informações são do site G1. Havia a previsão inicial de o presidente passar por uma reavaliação médica na manhã de hoje. Bolsonaro tem viagem programada para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul para esta terça-feira.
Por causa do mal-estar, Bolsonaro faltou ontem ao evento de filiação dos ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Familia e Direitos Humanos).
A informação de que Bolsonaro estava fazendo exames foi dada pelo presidente do Republicanos, Marcos Pereira, na cerimônia que teve a presença de Michelle.
"Só soube que o presidente Bolsonaro está fazendo exames com os médicos da presidência. Ela (Michelle) estava até preocupada querendo ir logo (embora). Falaram que tava com refluxo e tudo no estômago", disse Marcos Pereira na saída do evento.
Ao deixar o local onde ocorreu a filiação, antes de ir ao hospital, Michelle disse apenas que o marido "está bem, graças a Deus".
Desde o atentado em que foi alvo de uma facada durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro passou por seis cirurgias e foi internado outras vezes. A primeira cirurgia ocorreu logo depois da facada, ainda em Juiz de Fora (MG), onde foi atacado. Levado às pressas a Santa Casa de Misericórdia da cidade, um ultrassom indicou a necessidade de uma cirurgia de emergência. Dois dias após o primeiro procedimento, o então candidato foi levado para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e foi submetido a um procedimento de desobstrução que retirou aderências de seu intestino delgado.
Após a posse, em janeiro de 2019, o presidente realizou mais um procedimento para retirar a bolsa de colostomia colocada após a facada. Ele utilizava o acessório desde o atentado e precisou ficar 18 dias internado em São Paulo. Em setembro do mesmo ano, fez novo procedimento, desta vez para corrigir uma hérnia causada por uma das operações anteriores, uma consequência comum em operações no intestino.
Em janeiro de 2020, o presidente foi internado para a realização de exames e fez também uma vasectomia, cirurgia para homens que não desejam ter mais filhos. Essa cirurgia não foi confirmada oficialmente pelo Palácio do Planalto. Em setembro de 2020, o presidente também retirou um cálculo renal através de uma cistolitotripsia endoscópica, procedimento pouco invasivo.
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