Presidenciáveis lamentam a morte do congolês Moïse e exigem justiça
Moïse foi espancado ao cobrar R$ 200 em um quiosque de praia por duas diárias de trabalho, segundo a família
A morte do congolês Moïse Kabagambe no final de janeiro foi manifestada pelos presidenciáveis Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos). O jovem de 24 anos foi assassinado a pauladas no Rio de Janeiro ao cobrar o salário.
O petista se solidarizou com o caso e pediu justiça para o refugiado. "Moïse Kabagambe chegou criança ao Brasil, em 2012, e teve sua família acolhida aqui como refugiado. Nove anos depois, ao reclamar seu direito de trabalhador, foi covardemente assassinado. Devemos justiça, amparo, nossos sentimentos e desculpas para a família de Moïse", disse Lula nesta quarta-feira (02).
Moïse Kabagambe chegou criança ao Brasil, em 2012, e teve sua família acolhida aqui como refugiado. Nove anos depois, ao reclamar seu direito de trabalhador, foi covardemente assassinado. Devemos justiça, amparo, nossos sentimentos e desculpas para a família de Moïse.
— Lula (@LulaOficial) February 2, 2022
Na tarde de ontem (01), os também pré-candidatos a Presidência da República, Sergio Moro e Ciro Gomes, lamentaram a morte do congolês.
Moro declarou que a morte de Moïse não pode deixar que o Brasil seja visto como um país "que não tem jeito". O filiado do Podemos ainda pediu justiça.
"A morte do jovem congolês Moise Kabamgabe não pode ser mais um número para referendar a fama de um país violento “que não tem jeito”. O Brasil não pode ser um país sem lei e Justiça. Precisamos mudar a maré, fazer a lei valer para TODOS", disse Moro em suas redes sociais.
A morte do jovem congolês Moise Kabamgabe não pode ser mais um número para referendar a fama de um país violento “que não tem jeito”. O Brasil não pode ser um país sem lei e Justiça. Precisamos mudar a maré, fazer a lei valer para TODOS. https://t.co/qLgTBJW8TZ
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 1, 2022
Ciro Gomes afirmou estar revoltado com o assassinato do jovem e acrescentou que a solução para casos como este é a "justiça e a punição exemplar". O pedetista concluiu se solidarizando à família e amigos de Moïse.
"Sentimento de revolta e muita dor pela morte de Moïse Kabamgabe, congolês que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor. Um trabalhador que foi assassinado de forma brutal no Rio de Janeiro por cobrar seu salário atrasado".
Sentimento de revolta e muita dor pela morte de Moïse Kabamgabe, congolês que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor. Um trabalhador que foi assassinado de forma brutal no Rio de Janeiro por cobrar seu salário atrasado. #JustiçaParaMoise
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 1, 2022
Após lamentar a morte do migrante, Ciro voltou as redes sociais e criticou a forma como os refugiados são tratados no Brasil e o governo Bolsonaro. "O estado brasileiro precisa garantir as mínimas condições de vida para estas pessoas, sob o risco de perdermos por completo o respeito internacional e nosso status de país garantidor dos direitos humanos", escreveu.
Já lamentei o assassinato do congolês Moise Kabagambe e o analisei sob a ótica do regime de ódio implantado pelo bolsonarismo. Mas é preciso também denunciar a situação pavorosa que vivem outros refugiados no país – haitianos, angolanos, venezuelanos, bolivianos, entre outros.
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 1, 2022
Moïse foi espancado ao cobrar R$ 200 em um quiosque de praia por duas diárias de trabalho, segundo a família. Imagens de uma câmera de segurança mostram que o jovem foi assassinado com pedaços de madeira, além de ter sido amarrado pelos agressores no quiosque Tropicália.
Nesta quarta, a Justiça prendeu temporariamente três suspeitos do crime. Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, Brendon Alexander Luz da Silva, o Totta, e Fábio Pirineus da Silva, o Belo, são suspeitos de homicídio duplamente qualificado, com impossibilidade de defesa e meio cruel.