Briga pelo poder abre crise na bancada evangélica no Congresso
Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados
Briga pelo poder abre crise na bancada evangélica no Congresso

De olho nas eleições deste ano, integrantes da bancada evangélica travam uma guerra para ocupar a presidência da Frente Parlamentar no Congresso, composta por 115 deputados e 13 senadores. Um racha na Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do Brasil, vem gerando uma disputa nas últimas semanas expostas em posts nas redes sociais e áudios vazados com trocas de acusações e ofensas.

Os deputados Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) são os protagonistas do embate. Em 2020, um acordo na bancada combinou um revezamento na presidência da Frente. Cezinha, ligado ao Ministério de Madureira, comandado pelo bispo Manoel Ferreira, ficaria com o comando em 2021, e Sóstenes, ligado ao pastor Silas Malafaia, da Vitória em Cristo, em 2022. Nos bastidores, Cezinha ensaia não cumprir o acordo e reivindicar mais um ano na presidência da Frente.

Na quinta-feira, elevando a tensão de uma crise que se desenrola há mais de duas semanas, o deputado Abílio Santana (PL-BA), ligado a Cezinha, postou um vídeo questionando a validade do acordo, exposto em um vídeo obtido pelo GLOBO. Em 17 de dezembro de 2020, o então líder dos evangélicos na Casa, Silas Câmara (Republicanos-AM), pergunta se os integrantes da bancada aceitariam Cezinha como próximo presidente (2021) e Sóstenes no ano seguinte (2022).

Abílio estava ausente, mas os presentes concordam com a ordem de sucessão, inclusive o próprio Cezinha. Em coro, os parlamentares dizem “amém”. Na matéria completa, exclusiva para assinantes, o aumento de tom na disputa pelo poder entre os pastores, envolvendo outros nomes evangélicos.

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