Queiroga classifica Bolsonaro como "grande apoiador da vacinação"

Recentemente, presidente questionou as ações da Anvisa que autorizaram a imunização de crianças contra o novo coronavírus

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Queiroga classifica Bolsonaro como 'grande apoiador da vacinação'

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde,  afimou nesta quinta-feira (13) que o  presidente Jair Bolsonaro (PL) é um "grande apoiador da vacinação". A fala foi realizada após questionamento sobre as recentes declarações do mandatário, que questionou os 'interesses' da  Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em autorizar a vacinação de crianças contra o novo coronavírus.

Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a agência "lamentavelmente" havia aprovado a imunização de crianças entre 05 e 11 anos de idade. "O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?", questionou o chefe do Executivo federal.

O presidente também pediu para expor os nomes dos técnicos da Anvisa que aprovaram a vacinação infantil. "Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e obviamente forme seu juízo".

A afirmação do ministro contradiz os posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia. Em outubro de 2020, o presidente desautorizou o ministro da Saúde a realizar a compra da Coronavac [vacina contra o novo coronavírus] e afirmou que "o povo brasileiro não será cobaia de ninguém".

Em dezembro de 2020, período em que o Brasil ultrapassou as 190 mil mortes por covid-19, o capitão do Exército afirmou que "a pressa pela vacina não se justifica", sob a justificativa de que o "sistema imunológico pode reagir de forma imprevista".


No mesmo mês, o presidente alegou ser contra a obrigatoriedade das vacinas e disse que não tomaria o imunizante pois já havia adquirido anticorpos via infecção. "Se tomar [a vacina] e virar um jacaré é problema seu. Se virar um super-homem, se nascer barba em mulher ou homem falar fino, ela [Pfizer] não tem nada com isso".

Na última semana, Bolsonaro também afirmou que não irá vacinar a sua filha [Laura Bolsonaro, de 11 anos] contra a covid-19, pois "a questão da vacina para criança é muito incipiente ainda, o mundo ainda tem muita dúvida".