Bolsonaro: volta de Lula é "reconduzir criminoso à cena do crime"

Presidente opinou que o projeto de poder de seus adversários baseia-se em "roubar a liberdade" da população

Foto: Reprodução
Bolsonaro: volta de Lula é 'reconduzir criminoso à cena do crime'

Na primeira cerimônia no Palácio do Planalto em 2022, o  presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em clima eleitoral e aumentou o seu tom de ataques ao  ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto. O presidente, que costuma criticar o petista em seus discursos, falou em "bandidos e canalhas" e que Lula gostaria de voltar à "cena do crime".

A frase faz referência a um discurso do  ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em 2018. Alckmin, que agora é cotado para ser vice do Lula, disse na campanha de 2018 que o PT gostaria de voltar à cena do crime, em referência aos escândalos de corrupção revelados durante o governo do PT.

"Dos R$ 100 bilhões que a Petrobras pagou em dívida, meia dúzia veio de acordo de leniência e devolução de delatores. De onde veio essa grana? E querem reconduzir à cena do crime o criminoso, juntamente com Geraldo Alckmin", afirmou o presidente.

O presidente ainda repetiu uma alegação de que o ex-presidente já estaria negociando ministérios e estatais com potenciais aliados. No Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que não tinha provas, mas questionou com a possibilidade de alianças do petista para as eleições de outubro deste ano.

"Não tenho provas, mas vou falar. Como é que aquele cidadão está conseguindo apoios apesar de uma vida pregressa imunda? Já loteando ministérios. Para um partido, já ofereceu a Caixa, do Pedro (Guimarães). Não pense vocês que aparecem R$ 50 milhões no apartamento de alguém e foi a fada madrinha que botou. Com toda certeza veio da Caixa lá atrás", afirmou Bolsonaro.


No discurso, Bolsonaro valorizou a composição do seu ministério. Segundo ele, as indicações para os cargos foram técnicas. Novamente, o presidente buscou contrapor o seu governo ao do ex-presidente Lula.

"A maioria de vocês que trabalhm comigo poderiam estar muito bem lá fora, mas estão dando sua cota de sacrifício ajudando esse Brasil aqui a realmente vencer a crise que se encontra no momento e fazer também que não volte para a mão de bandidos, canalhas, que ocupavam esse espaço para assaltar o país por um projeto de poder, e cujo ato final seria atacar nossa liberdade", afirmou.