Tebet sobre Bolsonaro: "Ninguém podia imaginar uma gestão tão ruim"

Presidenciável pelo MDB disse que o capitão da reserva é "pior presidente da história do Brasil"

Foto: Leopoldo Silva/ Agência Senado
Senadora Simone Tebet, pré-candidata à presidência da República em 2022

pré-candidata à presidência da República Simone Tebet (MDB) disse neste domingo (27) que "ninguém imaginava" que Bolsonaro (PL) se tornaria o "pior presidente da história do Brasil". A emedebista, porém, não revelou durante a entrevista ao Diário de Notícias se optou por Haddad ou Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.

"Ninguém podia imaginar uma gestão tão ruim, nem que o presidente Bolsonaro pudesse entrar para a história como o pior presidente da história do Brasil. Ninguém imaginava que ele poderia namorar com o autoritarismo ou ameaçar as instituições democráticas e tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias", disse a senadora.

"Eu não costumo declarar voto, então não vou dizer em quem votei, nem em quem votaria no ano que vem se eu não for para a segunda volta. Acho que o voto é secreto, acredito que é uma escolha pessoal e como pré-candidata eu creio que tenho condições de estar na segunda volta contra um dos dois candidatos que hoje se apresenta nas pesquisas como maioritário", continuou Tebet.

A senadora, única presidenciável mulher na disputa para 2022, ganhou destaque na CPI da Covid neste ano. No entanto, segundo ela, sua carreira política não se restringe ao papel na comissão.

"Já faz um ano que o MDB me sonda, por toda a minha trajetória, e não apenas pela minha atuação nessa CPI. Não podemos esquecer que a CPI me propiciou escrever algumas páginas da minha história política; não posso nem falar que foi um capítulo. Eu fui presidente da comissão mais importante do Congresso Nacional, que é a Comissão de Constituição e Justiça [CCJ], e fui líder da maior bancada no Senado [a do MDB]. Hoje sou a primeira líder da bancada feminina no Senado. Também tive uma atuação muito forte nas reformas que foram votadas durante a nossa gestão na CCJ. Então, a CPI foi apenas mais um espaço de visibilidade externa da minha atuação."