Após o pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal - que investiga suposta corrupção na consturção da Arena Castelão, durante as obras para a Copa do Mundo de 2014 -, a cúpula de seu partido defende que o ex-ministro não concorra às eleições presidenciais do próximo ano.
A argumentação do grupo é a de que a ação ocorreu em um momento gráfil da campanha, em que Ciro aparece nas pesquisas empatado ou atrás do ex-juiz Sergio Moro. Outro ponto seria o clima hostil vivido entre o pré-candidato pedetista e parte da bancada federal na Câmara dos deputados.
Integrantes da alta cúpula do PDT defendem a ideia da sigla não ter um candidato à Presidência e, com isso, direcione seus esforços para a eleição dos deputados federais.
O prazo estipulado pelo partido - de maneira informal - é a de que Ciro Gomes precisa atingir 15% das intenções de voto até março. Caso este cenário não ocorra, o candidato poderá sofrer uma debandada em sua base de apoio. Na mais recente pesquisa divulgada, na última terça-feira (14), o pedetista aparece com 5% dos prováveis votos válidos.
Parte dos membros da sigla na Câmara defendem que, caso o partido permaneça 'rachado' em torno da candidatura de Ciro, o desempenho nas eleições para a bancada federal do PDT poderá ter um resultado pífio. Atualmente, o grupo ocupa 25 cadeiras na Casa.
Há ainda o temor - segundo informações da Folha de S.Paulo - de que, caso o partido não elega um número satisfatório de deputados na próxima eleição, o PDT não conseguirá fazer frente ao PT - mesmo com uma aliança com siglas de menor expressão no campo progressista.