Lula e Alckmin vão definir chapa presidencial ainda neste ano
Expectativa é de que as tratativas avancem no fim deste mês, após o ex-presidente voltar de viagem da Europa e após e o PSDB realizar suas prévias presidenciais
A definição quanto a uma possível chapa presidencial entre o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
deverá ocorrer ainda neste ano. Segundo a jornalista Thaís Oyama,
a expectativa de ambos é que as negociações avancem após o retorno do petista ao Brasil
e a realização das prévias tucanas.
O motivo da espera passa por uma maior definição no cenário eleitoral para o próximo ano. Após o dia 21 de novembro, o PSDB escolherá seu candidato a presidência e Geraldo será definirá seu destino eleitoral.
Caso decida trocar os tucanos pelo PSB, Alckmin terá 'caminho livre' para aceitar disputar a corrida ao Planalto no próximo ano ao lado do ex-presidente.
PT e PSB se reaproximaram nos últimos meses após a filiação de dois parceiros de Lula: Flávio Dino, governador do Maranhão que migrou do PCdoB para o Partido Socialismo e Liberdade; e Marcelo Freixo, deputado federal que chega do PSOL.
A possível ida de Alckmin para o PSB elucidaria o 'plano nacional e estadual' articulado pelas siglas. Com uma chapa presidencial entre Lula e Alckmin, o atual pré-candidato ao governo de São Paulo do PSB, Marcio França, integraria a chapa de Fernando Haddad (PT).
Já no Rio, os petistas apoiariam a candidatura de Marcelo Freixo na corrida ao Palácio Guanabara.
Um interlocutor de Geraldo afirma que a ideia do ex-governador "é construir uma grande aliança e um programa conjunto de governo". É o que Lula oferece ao - por enquanto - tucano. O ex-presidente já afirmou em conversar reservadas que Alkcmin não será um vice decorativo e que sua intenção é "dividir as tarefas" com seu companheiro de chapa.
Segundo Lula, uma vitória nas eleições presidenciais de 2022 iria impor uma série de viagens para "percorrer o mundo e refazer a imagem do Brasil" a fim de restaurar os "laços comerciais que Bolsonaro destruiu". Com isso, seu vice teria espaço no governo.