Pacheco defende Heinze após pedido de indiciamento na CPI: 'Excesso'

Membro da comissão é conhecido pela larga defesa ao tratamento precoce, ineficaz contra a Covid-19

Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), criticou nesta terça-feira o pedido de indiciamento do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS)  no relatório da CPI da Covid. No documento, o parlamentar é acusado de disseminar desinformação e fake news sobre tratamentos ineficazes contra a Covid-19.

"Nunca interferi e não interferirei nos trabalhos da CPI. Mas, pelo que percebo, considero o indiciamento do Senador Heinze um excesso. Mas a decisão é da CPI", diz, em nota.

O membro da ala governista da CPI se tornou o 81° alvo de proposta de indiciamento. Ao longo dos depoimentos, fez sucessivas defesas ao “kit Covid” , conjunto de medicamentos comprovadamente ineficazes para combater o coronavírus. Entre eles, estão cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.


Foi o senador Alessandro Vieira (Ciidadania-SE) quem solicitou o indiciamento de Heinze, que integra a comissão. Logo em seguida, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), acatou o pedido. Também comentou que o colega "reincidiu todos os dias na divulgação de estudos falsos negados pela ciência".