"CPI não vai acabar quando a gente pensa que termina", diz Randolfe
Após votação, documento deve seguir para a PGR e pode ser encaminhado até para o Tribunal Penal Internacional
Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) detalhou o plano de trabalho da comissão após o encerramento dos depoimentos no Senado. A agenda pós-CPI se inicia com a leitura do relatório final no dia 19 de outubro, passando pela votação no dia 21 até a apresentação do documento na Procuradoria Geral da República (PGR), prevista para o dia 26.
"Vocês acham que um trabalho da dimensão que foi essa CPI poderia simplesmente acabar? Não vai acabar quando a gente pensa que termina", diz Randolfe em um vídeo publicado em seu Instagram.
"Fiquem de olho, dia 19 começaremos a leitura do relatório. Dia 20 de outubro a votação. Dia 21 o relatório, se Deus quiser aprovado e com a pressão de vocês, nós iremos levá-lo à Procuradoria Geral da República, na sequência do dia 26 de outubro", prossegue o senador.
Rodrigues diz que o relatório será apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e deve incluir acusações de possíveis crimes por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele afirma ainda que o documento será levado à Procuradoria da República no DF para aquelas pessoas indiciadas que têm esse foro.
"Tudo indica que será (confirmada) a ocorrência por crime de responsabilidade por parte do presidente (Bolsonaro) ", adianta o senador. "Este relatório nós estamos dispostos a levá-lo até ao Tribunal Penal Internacional. Não pode tanto trabalho ser simplesmente desperdiçado, não ter consequências. A memória de 600 mil brasileiros exigem e cobram de nós essas providências e nós a cumpriremos."
Rodrigues afirmou ainda que no caso Prevent Senior o desdobramento de uma eventual ação penal se dará com a entrega do relatório à força-tarefa do Ministério Público de São Paulo nos dias 27 e 28 de outubro.