Renan deve pedir indiciamento de Bolsonaro, filhos e mais 37 pessoas; veja nomes
Versão preliminar do relatório final da CPI da Covid deve ser entregue pelo relator até a próxima sexta-feira (15) ao G7
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve propor o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) , de seus três filhos e de mais 37 pessoas, por pelo menos 16 crimes cometidos durante a pandemia. As informações são do colunista Igor Gadelha , do portal Metrópoles .
Além do chefe do Executivo, devem ser indiciados Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro
, ao menos três atuais ministros do governo, entre eles Marcelo Queiroga (Saúde), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência); e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Nomes como os dos ex-ministros Eduardo Pazuello, Osmar Terra e Ernesto Araújo, das deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), da médica Nise Yamaguchi e dos empresários Luciano Hang, Carlos Wizard, Otávio Fakhoury e Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, também aparecem na lista.
Segundo a publicação, os nomes podem mudar até 19 de outubro, quando Calheiros prometeu apresentar o relatório final ao público . Uma versão preliminar do documento deve ser entregue até a próxima sexta-feira (15) aos senadores do grupo majoritário da Comissão, conhecido como G7 .
Indiciamento de Bolsonaro
O relatório deve sugerir o indiciamento de Bolsonaro por mais de 10 crimes:
Do Código Penal:
- Epidemia com resultado de morte;
- Infração de medida sanitária preventiva;
- Charlatanismo;
- Incitação ao crime;
- Falsificação de documento particular;
- Emprego irregular de verbas públicas;
- Prevaricação.
Crimes de responsabilidade
- Violação de direito social;
- Incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.
Outros
- Genocídio de indígenas (Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956);
- Crime contra a humanidade (do Tratado de Roma, Decreto nº4.388, de 2002).
Já em relação a Queiroga, o relator deve pedir o indiciamento apenas por epidemia culposa com resultado de morte.
Carlos e Eduardo Bolsonaro devem ser acusados por incitação ao crime, e Flávio deve ser indiciado por advocacia administrativa, incitação ao crime e improbidade administrativa.
Abaixo, confira a lista de possíveis indiciados apurados pelo Metrópoles com fontes próximas ao relator:
- Jair Bolsonaro - presidente da República
- Eduardo Pazuello - ex-ministro da Saúde
- Marcelo Queiroga - atual ministro da Saúde
- Onyx Lorenzoni - ministro do Trabalho e Previdência
- Ernesto Araújo - ex-ministro das Relações Exteriores
- Osmar Terra - deputado federal e ex-ministro da Cidadania
- Fabio Wajngarten - ex-secretário de Comunicação da Presidência
- Wagner Rosário - ministro-chefe da CGU
- Flávio Bolsonaro - senador e filho do presidente
- Carlos Bolsonaro - vereador do Rio e filho do presidente
- Eduardo Bolsonaro - deputado federal e filho do presidente
- Bia Kicis - deputada federal
- Carla Zambelli - deputada federal
- Robson Santos da Silva - secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde
- Marcelo Augusto Xavier da Silva - delegado federal e presidente da Funai
- Antônio Elcio Franco Filho - ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
- Mayra Pinheiro - secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde
- Roberto Ferreira Dias - ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde
- Cristiano Carvalho - representante da empresa Davatti Medical Supply no Brasil
- Luiz Paulo Dominguetti Pereira - cabo da Polícia Militar
- Rafael Francisco Carmo Alves - vendedor autônomo ligado à Davati Medical Supply
- José Odilon Torres da Silveira Júnior - coronel
- Marcelo Blanco - ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde
- Emanuela Medrades - funcionária da Precisa Medicamos
- Túlio Silveira - advogado da Precisa Medicamentos
- Airton Soligo - ex-assessor especial de Eduardo Pazuello
- Francisco Maximiano - dono da Precisa Medicamentos
- Danilo Trento - empresário
- Marcos Tolentino da Silva - empresário e suposto sócio oculto do Fib Bank
- Ricardo Barros - líder do governo na Câmara
- Nise Yamaguchi - médica
- Arthur Weintraub - ex-assessor especial da Presidência
- Carlos Wizard - empresário
- Paolo Zanotto - virologista
- Luciano Dias - tenente-médico da Marinha
- Allan dos Santos - blogueiro e dono do site Terça Livre
- Paulo Oliveira - do site Crítica Nacional
- Carlos Adriano Ferraz - professor
- Roberto Goidanich - ex-presidente da Fundação Alexandre Gusmão
- Luciano Hang - empresário
- Otávio Fakhoury - empresário
- Empresa Precisa Medicamentos