Sara Winter diz que há a "ditadura do STF e a do bolsonarismo" no Brasil

Para ativista, bolsonaristas destroem qualquer um que não venere o presidente: "Não existe direita no Brasil. Existe fã do Bolsonaro e eu acho isso muito perigoso", afirmou

Foto: IG - Último Segundo
Sara Winter



Ativista e ex-aliada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Sara Winter afirmou que há duas ditaduras no Brasil: a do Supremo Tribunal Federal (STF) e a dos bolsonaristas. A informação é da Folha de S. Paulo.

“De um lado tem a ditadura do STF suprimindo a liberdade de expressão e, do outro, a ditadura bolsonarista que destrói qualquer um que não venere o Jair”, disse Sara.

De acordo com a publicação, a conservadora também criticou os atos a favor de Bolsonaro, realizados no último dia 7 de setembro, e completou: “Eu sou católica, conservadora, de direita. Mas eu não sou bolsonarista porque bolsonarismo não é uma vertente política, ou pelo menos não deveria ser. Cheguei à conclusão que não existe direita no Brasil. Existe fã do Bolsonaro e eu acho isso muito perigoso”, avaliou. 


Afastamento de Bolsonaro

Em fevereiro, a ativista Sara Winter, líder do grupo extremista “300 do Brasil” declarou em entrevista à Revista Veja  que não intitulará mais o presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo apelido de ‘mito’.

"Decidi me aposentar. Nunca mais vocês vão me ver gritando 'mito', 'mito'. Hoje morreria de vergonha de fazer isso", afirmou ela à publicação. "Fiz tudo aquilo acreditando que havia um movimento para derrubá-lo [Jair Bolsonaro]. Eu me sacrifiquei para defendê-lo e faria tudo de novo, apenas de uma maneira diferente", afirma Winter.

Critica à carta de recuo

Já na semana passada,  Sara foi às redes para se queixar da  carta de reuco de Bolsonaro  direcionada ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. Ela passou dez dias presa em junho, também por decisão de Moraes, relator do inquérito dos atos antidemocráticos. Ela liderou um acampamento, batizado de '300 do Brasil', que protagonizou protestos em frente ao STF.

"Não adianta brigarem comigo, me chamarem de esquerdista. Estou tão triste quanto vocês com essa situação (nota de Bolsonaro). Espero que um dia Bolsonaro deixe de ouvir generais para ouvir o povo",  postou Sara Winter.