Sem a presença do depoente previsto para o dia de hoje na CPI da Covid, o lobista Marconny Faria, os senadores integrantes da comissão fazem uma reunião secreta para decidir as próximas etapas. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) se dispôs a conceder entrevista coletiva e disse que Faria tentou fugir do depoimento, mais uma vez, por meio de solicitação ao Supremo Tribunal Federal, mas que teria sido negado mais uma vez. Veja abaixo.
"A reunião secreta continua e se destina a apresentação de documentos e áudios que estão em segredo de justiça ao colegiado. Então não podem ser amplamente divulgados, mas precisam ser de conhecimentos dos integrantes da CPI, para que se possa definir os próximos passos", começou o senador.
Vieira continuou: "O senhor Marconi já é investigado em operações Polícia Federal, Ministério Público Federal; ele tentou a apresentação de um atestado médico para não vir depor esse atestado, de uma forma inusitada, foi revogado pelo próprio médico; ele pediu ao Supremo, novamente, para que não fosse obrigado a comparecer e foi negado, o STF permitiu apenas que eles se cale com relação a situação de alta incriminação; e, agora, a CPI tenta localizar esse cidadão e já informa a ministra Cármen Lúcia do descumprimento da sua própria ordem, uma vez que ela determinou o comparecimento dele".
Mais cedo, o vice-presidente da CPI, senador Ranfolde Rodrigues (Rede-AP) concedeu entrevista coletiva, na qual falou de uma grande quantidade de provas que a CPI possui contra Marconny Faria. Segundo ele, o lobista seria "o senhor de todos os lobbys" e estaria ligado ao advogado e filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na reunião secreta, as provas que o senador citou foram apresentadas aos demais membros da CPI.
Nesta quinta-feira, 02, haverá o depoimento na CPI, do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, além de votação e aprovação de requerimentos.