De olho em de 2022, senadores aproveitam CPI para acenar a eleitores

Parlamentares da comissão interessados em se reeleger, ou disputar os governos de seus estados, aproveitam a exposição dos trabalhos de investigação da gestão Bolsonaro para acenar a eleitores e se abastecer de informações sobre inimigos políticos

Foto: Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy
Mesa diretora da CPI da Covid

Além de investigar o governo Jair Bolsonaro,  senadores na CPI da Covid aproveitam o espaço e a visibilidade da comissão para ganhar força nas eleições de 2022. Entre os membros, há candidatos à reeleição ao Senado, como o presidente Omar Aziz (PSD-AM), e outros potenciais candidatos a governos estaduais, caso de Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Além de enfatizarem questões locais nos discursos, os parlamentares já apresentaram pedidos de informação que fogem da linha de investigação que a CPI tem seguido, usando o aparato da comissão para coletar informações sobre inimigos políticos. Evitam, porém, falar abertamente das eleições durante os trabalhos do colegiado.

Omar Aziz, que concorrerá ao Senado, aposta no antibolsonarismo para fidelizar o eleitorado do interior do Amazonas, onde Bolsonaro tem aprovação baixa. Aziz foi escolhido para a CPI também por representar o estado em que ocorreu uma das mais graves crises hospitalares : o colapso do oxigênio em Manaus, em janeiro.

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Aliados querem que Randolfe Rodrigues se candidate a governador do Amapá em 2022. Embora não assuma ser candidato, ele já conta com uma aliança que deve envolver quatro partidos: PT, Rede, PSB e PSOL. Na matéria completa, exclusiva para assinantes , mais detalhes e nomes, como do relator, Renan Calheiros e também Eduardo Braga, Izalci Lucas, assim como nomes da base governista, como do senador Marcos Rogério.